Great Scott #899: Único guarda-redes português a defender penáltis de argentinos em jornadas seguidas?
Maló
A Académica 1966-67 joga nas horas. Ao futebol envolvente, já desde o tempo do mestre Cândido, juntam-se os golos e as vitórias para esgrimir argumentos com o Benfica quase até ao último suspiro da 1.ª divisão.
Artur Jorge é um goleador por excelência, tal como Ernesto. Juntos acumulam 70 dos 85 golos entre 1.ª divisão e Taça de Portugal. A dupla funciona às mil maravilhas. Lá atrás, o guarda-redes Maló está numa forma irresistível, sobretudo da marca dos 11 metros. Que o digam os adversários.
Eusébio é a primeira vítima, na Luz. O Benfica ganha 2:1, Maló vira herói com uma defesa cheia de estilo. Passam-se três semanas, há dois jogos para a Taça vs. Oliveirense e um 3:0 vs. Vitória FC em Coimbra. Quando a Académica visita o Restelo, acontece magia.
A magra vitória por 1:0 é suportada pelo golo de Ernesto e ainda pelo penálti defendido por Maló a um remate do argentino Carlos Pedro. Uma semana depois, em Coimbra, o mesmo Maló guarda a sua baliza com rigor num jogo de sentido único (5:0) e defende o terceiro penálti da primeira volta, novamente de um argentino, Rubén García de seu nome.