Great Scott #901: Quem decide o primeiro dérbi Benfica vs. Sporting nos Barreiros?
Reinaldo
É um dia especial, de tão emocionante. A quatro dias da decisão do título de campeão nacional 1979-80, o líder Sporting viaja até à Madeira para um dérbi especial vs. Benfica, cuja receita reverte para ajudar as vítimas dos sismos nos Açores.
Com o madeirense Albino Rodrigues no apito, o Sporting de Fernando Mendes joga com Fidalgo; José Eduardo, Zezinho, Meneses e Barão; Mota, Eurico e Ademar; Freire, Manoel e Jordão. Já o Benfica de Mário Wilson alinha com Bento; Laranjeira, Humberto, Alhinho e Alberto; José Luís, Pietra e Shéu; Nené, Reinaldo e Cavungi.
A primeira parte é movimentada, com sinal mais do Benfica. E o solitário golo nasce aos 32 minutos, por obra e graça de Reinaldo, na sequência de um canto da direita de Nené, com precioso toque de César para o fácil encosto do número 9.
As demasiadas 11 substituições ao intervalo atrofiam o ritmo do dérbi. O Sporting entra com dez suplentes, decai de produção e só incomoda Botelho através de Manoel. Na outra baliza, Justino é pau para toda a obra e salva a derrota pela margem mínima. O único ausente de peso é Manuel Fernandes. O goleador nem entra para o avião e mantém-se em Lisboa para fazer um exame de química.
Quatro dias depois, a 1 Junho, o Sporting entra em campo vs. U. Leiria e festeja o título com dois pontos de avanço sobre o FC Porto de Pedroto, então bicampeão em título. Nessa tarde de glória no José Alvalade, o caminho do 3:0 é iniciado por Manuel Fernandes. A química com os adeptos explode, aos 27 minutos. Segue-se o bis de Jordão, aos 72’ e 88’.