Great Scott #911: Único jogador de campo do FC Porto a sofrer três golos do Sporting?
Carlos Manuel
O Benfica é tricampeão em título e aposta no inédito tetra. O Sporting está há três anos sem soltar o grito de campeão e quer romper a recente tradição. Vai daí, chegam ao José Alvalade nomes conhecidos do público como Lourenço (Académica) e Peres (Vitória SC), sem esquecer o treinador brasileiro Otto Glória.
O resultado é um êxito imediato, com o Sporting a desenhar uma primeira volta de inegável superioridade. Basta ver o 4:2 na Luz, com póquer de Lourenço – é a primeira vitória no campo do Benfica em 11 anos. No dérbi da segunda volta, o Benfica devolve a vitória por números menos expressivos (2:0) e estaciona a um ponto do líder isolado.
Na 22.ª jornada, o Sporting empata 1:1 no Restelo e o Benfica aproveita para chegar-se à frente com 2:0 vs. Leixões. Uma semana depois, o golpe de teatro em Guimarães com o 3:2 do Vitória SC vs. Benfica. O Sporting reassume a liderança e celebra o título no último dia, por obra e graça de um cabeceamento de Peres na Póvoa (2:1).
Pelo meio, precisamente na jornada anterior, o Sporting recebe o FC Porto com o Benfica a puxar por fora. Em vão, o Sporting goleia 4:0 numa tarde de nervos a partir dos 28 minutos, altura em que Oliveira Duarte abre o marcador em recarga a defesa incompleta de Américo a um remate de Lourenço.
Mal o árbitro nabantino João Calado aponta para o meio-campo, o guarda-redes portista passa-se e alega falta de Seminário a impedi-lo de se levantar para defender a recarga de Oliveira Duarte. Os protestos são tantos, tantos e tantos que João Calado expulsa o número um. Pormenor: não há cá substituições, zero.
É obrigatório ir um jogador de campo para a baliza e ainda faltam 60 minutos para o fim do clássico. Da expulsão de Américo à ida do médio Carlos Manuel para a baliza, o relógio anda uns cinco minutos. No reatamento, e em superioridade numérica, o Sporting ataca a baliza para resolver o prélio antes do intervalo.
E, em abono da verdade, consegue o 2:0 nos descontos, por Figueiredo, na sequência de um despacho do central Alexandre Baptista para a área contrária. Lourenço e Almeida saltam, a bola sobra para o isoladíssimo Figueiredo e toma lá disto. Na segunda parte, o Sporting explana o seu futebol de ataque e chega ao 4:0 com bis de Lourenço, primeiro a roubar a bola a Almeida em plena área, depois num remate de primeira após cruzamento de Seminario.