Great Scott #915: Único golo do Sporting no dérbi sem que ninguém do Benfica toque na bola?
Diego
É o final da primeira volta 1961-62, jornada número 13. Na Luz, dérbi entre o terceiro (Benfica) e o líder isolado (Sporting). A expectativa cresce, o estádio enche como nunca, é o primeiro dérbi de sempre de Eusébio, na ressaca de nove meses de um braço-de-ferro entre os dois clubes pelo prodigioso interior-direito do Sporting de Lourenço Marques.
A bola sai do Sporting, por Diego. Depois entra Morais e Geo. O número 10 do Sporting foge pela esquerda, chama o trôpego Germano à linha de fundo e atrasa para Diego. O remate do argentino passa por Costa Pereira como quem não quer a coisa. Incrível, e nunca mais visto. O Sporting marca sem que o Benfica toque na bola.
(então e aquele golo do Balakov no José Alvalade aos 12 segundos? bem visto, sim senhor, a bola sai do Benfica, acredite)
Curiosamente, o Benfica empata na jogada seguinte por Santana. A bola vai ao meio, é metida na esquerda, depois Águas serve Santana e o remate cruzado, sem oposição, é certeiro. Aos 11, Geo desfaz o nó do empate a favor do Sporting. Ao intervalo, 1:2.
Na segunda parte, Hugo marca de cabeça na primeira jogada para o Sporting. O Benfica corre atrás da dupla desvantagem e chega ao empate a jogar contra dez elementos, por expulsão de Hilário (agressão a José Augusto), no lance do penálti do 3:2, da autoria de Germano, aos 75’. Seis minutos mais tarde, José Augusto empata e fixa o resultado. No jogo da segunda volta, o da última jornada da 1.ª divisão, o Sporting ganha 3:1 e sagra-se campeão nacional.