Great Scott #995: Último hat-trick na final da Taça da Holanda?
Litmanen
O Ajax de Morten Olsen 1997-98 faz uma época ganhadora, à sua imagem, e acumula 1.ª divisão (com 17 pontos de avanço sobre o PSV, segundo classificado) mais Taça da Holanda (5:0 vs. PSV). O plantel inclui nomes grandiosos, Michael Laudrup à cabeça, em ano de despedida dos relvados.
A final da Taça em Roterdão, com arbitragem do autoritário Dick Jol, é de sentido único. Com Dani no banco – aliás, o português nem um minuto faz em toda a campanha na competição –, o Ajax cedo dá indicação de querer resolver o assunto bem rápido. Babangida atira à trave, aos 8 minutos, e só depois assina o 1:0 aos 24’ num remate de fora da área.
O PSV pressiona à procura do empate e o belga Luc NIlis obriga Van der Sar a duas defesas atentas, ambas junto ao poste. Sacudida a pressão, o Ajax volta a dar trabalho a Waterreus e, à beira do intervalo, Laudrup descobre Litmanen solto na esquerda para o 2:0.
Na segunda parte, o PSV nem sequer pisa a área do Ajax. É um corropio de oportunidades na outra baliza, com Waterreus a exibir-se em bom plano para impedir o avolumar do resultado. Mesmo assim, Litmanen bisa aos 60’, com a ajuda de um ressalto a trair o guarda-redes, Arveladze aumenta para 4:0 aos 77’, num belo pontapé cheio de efeito, e, novamente, Litmanen fixa o 5:0 aos 82’, outra vez com ajuda alheia.
Hat-trick para Jari, o finlandês voador, numa época em que o geórgio Arveladze até é o melhor marcador, graças aos 37 golos. Até ao apito final, dá para tudo. Até para substituir Van der Sar – entra Grim, aos 84’. Ligeiramente depois, entra um jovem sub20 sul-africano chamado McCarthy – a seis anos-luz de se sagrar campeão europeu e mundial pelo FC Porto. Nos festejos pela conquista da taça, os nigerianos Oliseh e Babangida executam uma dança divertida junto à linha de fundo, em harmonia com os adeptos do Ajax. A vida é bela.