Great Scott #1000: Único português a fazer dois jogos em dias seguidos nos EUA?
Simões
Há muito muito muito tempo (é a lenga-lenga da Guerra das Estrelas em bom), os jogadores europeus em fim de carreira invadem os EUA para dar o último ar da sua graça. É o caso da inseparável dupla Eusébio e Simões.
Campeões portugueses pelo Benfica a 11 Maio 1975, vs. U. Tomar, na Luz, os dois arrepiam caminho para Boston, onde os espera um contrato com o Minutemen, uma das equipas da NASL, a primeira liga norte-americana de soccer, antecessora da actual MLS.
Pouco mais de um ano depois, já em Junho 1976, acontece o impensável ao extremo Simões. Sem dinheiro para pagar às estrelas, os Minutemen admitem a derrota e pedem uma proposta para levar o seu maestro. A situação é mediada pela federação e todos os clubes podem reagir.
Um deles fala mais alto e aceita pagar os valores em dívida. Simões está aliviado, só falta saber o acordo. Ei-lo. No dia 19, joga na Costa Leste pelos Minutemen (5:2 vs. Minnesota Kicks) e o seu passe é vendido aos Earthquakes, em San José, na Costa Oeste.
Entre as duas cidades, qualquer coisa como 1500 quilómetros de distância. Simões joga na sexta-feira perante 1600 espectadores, apanha o avião e joga no sábado com uma assistência ruidosa de 18 mil pessoas, ávidas de o ver em acção a mexer na bola. Os San Jose ganham 2:1 vs. Seattle Sounders e Simões joga novamente 90 minutos. É de homem.