Great Scott #1004: Último treinador a ganhar a Taça de Portugal com 11 portugueses?
António Morais
A perda irreversível em Janeiro 1984 de José Maria Pedroto, já acamado há algum tempo, é uma dor imensa no universo portista. A única maneira de a ultrapassar é jogar para ganhar uma e outra vez, sob o comando do adjunto António Morais, então elevado a principal na hierarquia do FCP.
Verdade seja dita, e porque o Benfica de Eriksson está de vento em popa na 1.ª divisão, o Porto empenha-se nas taças. De uma assentada, no mês de Abril, o FC Porto comete a proeza de atingir as finais da Taça de Portugal (2:1 vs. Sporting nas Antas) e da Taça das Taças (1:0 em Aberdeen de Ferguson, então detentor do título).
Em ano de Europeu em França, com a inédita presença de Portugal, a federação antecipa a final da Taça de Portugal para o primeiro dia de Maio, a meio da semana. No Jamor, o favoritismo do FC Porto é largo. O Rio Ave de Mourinho é presa fácil e já há 3:0 ao intervalo, golos de Sousa, Gomes e Vermelhinho. Na segunda parte, bem cedo, aos 52 minutos, Sousa amplia para 4:0 e o FC Porto gere ainda mais a vitória, fixada em 4:1 pelo suplente N’Habola no último suspiro. Nesse dia 1, o FC Porto de Morais levanta a Taça com um onze 100% português entre Zé Beto, João Pinto, Eurico, Lima Pereira, Eduardo Luís, Frasco, Sousa, Jaime Pacheco, Jaime Magalhães, Vermelhinho e Gomes. Até os suplentes têm passaporte português: Quinito e Barradas, o outro guarda-redes.