Great Scott #1010: Quem sobe o Vitória FC à 1.ª divisão em 2001 com um golo nos descontos?
Meyong
É muito bem capaz de ser o final mais épico da 2.ª Honra. Ponto de partida: há três candidatos para dois lugares de subida à falta de 90 minutos de bola. Apresentamos, senhoras e senhores, Vitória FC, Varzim e Maia.
Dos três, só o Maia espreita a estreia na 1.ª divisão. Dos três, só o Maia joga fora. Vamos lá? Partida, largada, fugida. É domingo, 27 Maio 2001. O calor aperta, a emoção nem se fala. O Maia é o primeiro a dar que falar, com um golo sofrido em Espinho, por Ido. Aos 6’, Yuri empata 1:1. E; aos 22’, o Maia dá a volta pelo brasileiro Sandro Gaúcho.
Na Póvoa, o Varzim também começa mal. A Ovarense silencia o Municipal com o 0:1 de Charly aos 21’. Antes do intervalo, Prokopenko (32’) e Mendonça (43’) devolvem a alegria ao Varzim. Só não há golos em Setúbal, 0:0 aos 45 minutos. Na segunda parte, o Varzim mantém o 2:1 até ao fim e garante a subida por si só. Agora há dois candidatos para um lugar.
O Espinho faz 2:2 pelo marroquino Ali El Omari e o Maia treme por todos os lados. Mário Reis saca, então, Fumo e o moçambicano acaba por dar a vitória em cima do minuto 90. É um alvoroço. Até porque a Naval está a empatar (metafórica e literalmente) o Vitória. O capitão Wender lança dúvidas no Bonfim e é preciso um penálti apitado pelo setubalense António Costa por falta de Tixier sobre Marco Ferreira.
Chamado a bater, o capitão Fernando Mendes faz 1:1 aos 55’. A espera do golo salvador prolonga-se, é uma angústia só visto. Pobres espectadores, quase 28 mil nas bancadas. De repente, para lá dos 90’, o camaronês Meyong isola-se e engana Yannick para devolver o Vitória à 1.ª, 378 dias depois da descida ao inferno. A festa da subida faz-se com champanhe, claro. E um autocarro de dois andares, óbvio. O mais ovacionado de todos é o treinador Jorge Jesus.