Great Scott #1047: Único suplente a marcar 4 golos na última jornada da 2.ª B?
Riça
A 2.ª divisão B 2003-04 é uma grande salganhada. A zona norte, queremos dizer. Além do número ímpar de equipas (19), o último classificado é um saco de pancada de todo o tamanho. Falamos do Leça, com 114 golos sofridos em 36 jornadas. Só para se ter uma noção da disparidade, a segunda pior defesa dessa zona é o Lousada (64).
No outro topo da tabela, o Gondomar é rei e senhor. A uma jornada do fim, a subida à 2.ª Honra é uma realidade. Daí que a derrota por 3:2 em Infesta seja um mal menor. Logo atrás, a tão-só um ponto, o Dragões Sandinenses. Dono do melhor ataque do campeonato, com 86 golos, o Dragões até se dá ao luxo de ter o melhor marcador de todo o Portugal.
É ele, Riça. Victor Riça, irmão de Rui, ambos nascidos e formados em (e no) Chaves. A estampa física de Victor impõe respeito a qualquer um: 1,88 metros de altura e 90 quilos. Ao longo da carreira espalhada por 16 épocas, qualquer coisa como 252 golos. É de respeito. E ainda é campeão da 3.ª divisão (Fafe) e bicampeão da 2.ª B (Moreirense + Covilhã).
Em 2003-04, Riça assina a espantosa marca de 32 golos, quatro dos quais na última jornada, vs. Leça (8:0). Quando Riça entra em campo, já na segunda parte, o Dragões só ganha por quatro. Pois bem, Riça chama a si o protagonismo e afunda ainda mais o pobre Leça. Um póquer como suplente não é para qualquer um. Ai não é, não.
Contas feitas, Riça acaba com 10 golos de diferença em relação ao principal rival na zona note, Artur Jorge (Lixa). Nas outras zonas, os reis chamam-se Dionísio (Vilafranquense, 19) e Edinho (Olhanense, 23).