Great Scott #347: A que horas é o jogo mais madrugador de sempre na Taça de Portugal?
10 o’clock
Abril, dia 25. Em 1974 é uma quinta-feira. Faz-se ponte na sexta e, voilà, fim-de-semana. O primeiro da nova liberdade. O futebol continua solto, joga-se a Taça de Portugal. No calendário, oitavos-de-final à vista. O programa inclui um madrugador Benfica vs Oriental.
Para evitar escaramuças, arrufos, protestos e outros que tais, os dois clubes concordam em começar a movida às 10 da manhã. O Oriental entra claramente em campo para perder por poucos. O plano vai por água abaixo aos 14 minutos com o 2:0 de Vítor Baptista. Antes, aos 12’, Nené furara a barreira defensiva dos visitantes. O Oriental faz então o upgrade e parte para a violência no intuito de continuar a perder por poucos. Artur, do Oriental, agride Artur, do Benfica. Longe do olhar do árbitro. Zero cartão, portanto. O sururu é enorme, porque Artur, o do Benfica, levanta-se e quer a desforra. Nada feito, tanto o treinador do Oriental como o do Benfica substituem os jogadores. Há 20 minutos, só. Daí para a frente, a pancadaria abranda e o Benfica acelera na goleada. Acaba aos oito, com quatro ao intervalo. Nené é o único a bisar. De resto, seis marcadores de luxo: Vítor Baptista, Jordão, Vítor Martins, Adolfo, Toni e Humberto (penálti). Assunto arrumado ao meio-dia, até à próxima.
