Great Scott #580: Único guarda-redes a defender penáltis em finais de Europeus e Mundiais?
Nadine Angerer
Mundiais, penáltis em finais. Ei-los: Neeskens 1974, Breitner 1974, Cabrini 1982, Brehme 1990, Zidane 2006, Griezmann 2018.
Europeus, penáltis em finais. Ei-los: Vanderyecken 1972, Belanov 1988, Berger 1996.
Nove penáltis ao todo. Sete resultam em golo. O de Cabrini em 1982 vai ao lado (Itália 3:1 RFA). O de Belanov em 1988 é defendido por Van Breukelen (Holanda 2:0 URSS).
No futebol masculino, nenhum guarda-redes defende penáltis nas duas finais. E no feminino? Nadine Angerer chama a si o protagonismo. A alemã estreia-se na selecção vs Holanda, em 1996. Acumula mais quatro internacionalizações e, depois, game over.
Durante oito anos, é a eterna suplente de Silke Rottenberg. Nesse período, a Alemanha ganha um Mundial e três Europeus, além de duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos. Em todos esses eventos, Angerer é banco.
Às tantas, Silke lesiona-se com gravidade (ligamentos cruzados) e Nadine é chamada à recepção. Que é como quem diz, à titularidade. Estamos em 2007, a Alemanha joga o Mundial na China e chega à final sem qualquer golo sofrido. Na decisão, vs Brasil, a tendência mantém-se. A inevitável Prinz faz o 1:0 aos 52’.
Onze minutos depois, Bresonik rasteira Cristiane dentro da área e a árbitra australiana Ogston apita penálti. Marta inspira, expira, inspira, expira, parte para a bola, remata com o pé esquerdo e Nadine defende com um mergulho para a sua direita. Já perto do fim (86’), Laudehr fixa o 2:0 e a capitã Prinz levanta a taça.
Passa-se um ano, dois, três, quatro, cinco, seis. Joga o Euro-2013 na Suécia e, claro, a Alemanha dá boa conta do recado. A fase de grupos é assim-assim, a fase a eliminar é chapa 1:0, vs Itália nos ¼, Suécia nas ½ e Noruega na final. O golo da glória é de Mittag, aos 49 minutos, numa jogada desde a outra área, cortesia Mbabi. Antes, aos 29’, Nadine defende com a perna direita um penálti de Ronning. Depois, aos 60’, Nadine defende o segundo penálti da tarde, agora de Gulbrandsen, com a mão direita, toda no ar.
