Great Scott #641: Único treinador não-europeu a vencer a Premier League?

Pellegrini

Antes, muito antes de vestir fato e gravata, Manuel Pellegrini é jogador da bola. E de um clube só, o Universidad de Chile. Ao todo, sete golos em 315 jogos espalhados por 13 anos desde 1973 até 1986, curiosamente o ano em que se estreia na selecção chilena, vs Brasil (1:1). O adeus é ditado por um tal Ivan Zamorano.

‘Era jogo de Taça com o Cobreloa. A bola foi defendida pelo nosso guarda-redes e, na recarga, um miúdo de 17 anos saltou mais alto que eu para fazer o golo. Fiquei destroçado e decidi abandonar o futebol. Se soubesse o que o miúdo ia dar o que deu, teria jogado mais dois anos.’

O homem penduras as chuteiras, enche-se de brio e faz-se treinador. É campeão do Equador pelo LDU Quito em 1999 e bicampeão argentino por San Lorenzo (2001) mais River (2003). Um ano depois já está na Europa a defender as cores do Villarreal. Precisamente dez anos depois, em 2014, é campeão inglês pelo City – é a tal época em que o melhor marcador da equipa é o médio marfinense Yaya Touré, com 20 golos.

É o primeiro não-europeu a conquistar a Premier League. E, até agora, único. Desde 1888. Incrível, e verídico. Primeiro, os ingleses. Depois, os escoceses. O pingue-pongue só acaba em 1998, com o francês Wenger (Arsenal). Intromete-se então o português José Mourinho (Chelsea 2005). Segue-se uma onda de italianos, com Ancelotti (Chelsea 2010) e Mancini (City 2012).

Pellegrini é o conquistador em 2014. Daí para cá, é Portugal (Mourinho), Itália vezes dois (Ranieri + Conte), Espanha vezes quatro (sempre Pep) e Alemanha (Klopp). Para quando o segundo não-europeu? Tic tac tic tac.