Great Scott #863: Único português a marcar fora de casa dois hat-tricks em quatro dias?
Paulo Vida
Pey-quem? Eu-quem? Ro-quem? Por favor, tenham noção. A sério.
Paulo Vida, pá.
Metam os olhos neste rapaz.
Avançado de créditos firmados nas camadas jovens, entre Belenenses, Estoril e Estrela, atinge o seu pico em Dezembro 2002 com dois hat-tricks seguidos, ao serviço do Varzim. A aventura começa em Setúbal, no Bonfim, a uma sexta-feira à noite, é a 14.ª jornada da 1.ª divisão.
Nem façam confusão, o Varzim perde 2:0 ao intervalo. O treinador José Alberto Costa mete Milhazes mais Pepa para os lugares de Margarido e Jorge Ribeiro. Abaixo os laterais, viva o futebol de ataque. Só que nada, o Varzim não acerta na baliza de Marco Tábuas. Aos 62’, a terceira e derradeira cartada: Paulo Vida, número 30.
Menos de dois minutos depois, pim pam pum, toma lá disto. Aos 80’, empate de Pepa. Aos 84’, reviravolta com penálti de Paulo Vida. Em cima dos 90’, hat-trick e chocolate no Bonfim. Dois-quatro é dose.
Passam-se quatro dias, já estamos no dia 17, uma terça-feira. O cenário é o Restelo e agora joga-se a 5.ª eliminatória da Taça de Portugal. O Varzim apresenta-se com Paulo Vida e mais dez. O Belenenses de Marinho Peres marca primeiro, por Verona. O Varzim empata com autogolo de Wilson (importunado com a sombra de Paulo Vida?).
Até ao intervalo, só mais um golo e é de Paulo Vida. Na segunda parte, bastam seis minutos entre os 50 e os 56 para Paulo Vida festejar o segundo hat-trick em jogos seguidos. O Varzim gere o 4:1 até perto do fim, quando o Belenenses acelera e reduz para 4:3. No final da época, o Varzim desce à 2.ª divisão e nem passa dos ¼ final da Taça de Portugal. O recorde de Paulo, esse, é para a vida.