Great Scott #937: Quem vaticina Futre e Caetano como os próximos Eusébios no Euro sub18 em 1984?
Andy Roxburgh
Falhado o apuramento para a fase final do Euro sub18 em 1983, à conta de dois golos do futuro portista Paille (um em Faro, outro em Martigues), a selecção retoma o caminho do sucesso em 1984 graças ao 4:0 vs Bélgica em Portimão.
A fase final é na URSS e Portugal calha no grupo de Leninegrado, agora São Petersburgo, juntamente com Grécia, Escócia e Irlanda. A estreia é um espanto, o resto nem tanto. Com sete sportinguistas no onze de José Augusto, a movida é intensa desde o primeiro minuto, com Litos e Futre bem abertos nos flancos mais Caetano a dar show de bola. Ao intervalo, o homem mais baixo em campo já festejara por duas vezes. Na primeira, com um remate sem preparação ao ângulo, após livre curto de Futre e simulação de Litos. Na segunda, com um vistoso chapéu à saída do guarda-redes Mitsiodis após jogada de Litos com Futre pelo meio. É um fartote.
A Grécia ainda reduz, num golo de belo efeito, sem hipótese para Sérgio, só que Portugal está com a corda toda e distancia-se aos 60’, num contra-ataque entre Caetano e Futre. O capitão ganha uma bola junto à linha de fundo, dribla o lateral Tsimiliotis e é derrubado por Mitsiodis.
Penálti, claro. Futre converte-o com um remate seco, é o 3:1 e o seleccionador escocês Andy Roxburgh vaticina Futre e Caetano como novos Eusébios. Seguem-se duas derrotas chapa 3 e o adeus prematuro da selecção – que não da comitiva portuguesa, uma vez que o árbitro Rosa Santos apita a final da competição entre URSS e Hungria, perante 72 mil espectadores.