Great Scott #948: Único guarda-redes a sofrer seis golos de cabeça num jogo da 1.ª divisão?
Azevedo
Vinte e dois portugueses em campo, futebol da classe média nos anos 70 é assim mesmo. Montijo e Atlético entram em campo no dia 6 Março 1977 para a 20.ª jornada da 1.ª divisão e estão longe de adivinhar o momento histórico das suas vidas, uns poara o bem, outros para o mal.
Na baliza do Atlético, emerge a figura de Azevedo. É ele o principal visado da fúria ofensiva do Montijo. Ao todo seis-secos. Ao intervalo, só 1:0. A goleada é assinada por Chico Bolota (hat-trick), Coentro Faria (bis) e Carlos Pereira. Agora vem a melhor parte, todos os seis golos são de cabeça. Todos os seis, verdade.
Quem o nota é o treinador dos alcantarenses Artur Santos, figura lendária do Benfica pré-Guttmann. ‘Não tem história o inesperado comportamento do Atlético e não corresponde ao bom momento evidenciado há oito dias, com o Beira-Mar. Para mim, constitui uma surpresa a modéstia da exibição da equipa, em geral, e do sector defensivo, em particular, uma vez que consentiu seis golos de cabeça.’
O Atlético daquele tempo inclui Franque à defesa (e capitão), Mário Wilson jr no meio-campo e Norton de Matos ao ataque. Em vão, o desfile de estrelas. O Atlético acabaria esse campeonato em último lugar, com 15 pontos em 60 possíveis. À sua frente, o Montijo com 23. Ambos descem à 2.ª. Ambos entram na história pelo jogo dos seis golos de cabeça.