Great Scott #970: Primeiro português a bisar na Taça da Liga inglesa?

Great Scott Mais 02/13/2024
Tovar FC

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Great Scott #970: Primeiro português a bisar na Taça da Liga inglesa?

Boa Morte

Ainda hoje é o português com a contratação mais estrambólica de sempre, do Lourinhanense para o Arsenal. Apresentamos-lhe Luís Boa Morte, contratado por Arsène Wenger por culpa de um Torneio Toulon em que o extremo até marca um golo ao Brasil, com Helton à baliza.

No Verão 1997, a notícia é incrível, e de primeira página: Boa Morte no Arsenal. Uauuuuuuu. Chamado a conta-gotas por Wenger, o extremo faz seis jogos a sair do banco, cinco para a Premier League e um para a Taça UEFA, vs. PAOK; em Salónica. Ao todo, 75 minutos. Ao sétimo jogo, toma lá a titularidade.

É uma terça-feira, 14 Outubro 1997. Em Highbury, o Arsenal recebe o Birmingham para a Taça da Liga e Boa Morte faz dupla com o liberiano Wreh. Na ficha der jogo, dois nomes saltam à vista de categoria internacional: o lateral-direito Lee Dixon e o médio de ataque David Platt. Os restantes nove pertencem à segunda linha.

O Birmingham começa melhor, 0:1 pelo alemão Hey aos 20 minutos. Na segunda parte, Boa Morte vira figura: primeiro, marca o empate aos 62’, na sequência de um corte do veterano Steve Bruce para o limite da área; depois, expulsa Wassall aos 82’. No prolongamento, o suplente Jason Crowe é a primeira carta de Wenger. Trinta e três segundos depois (ya, 33), v~e o vermelho directo. Que desgraça.

No 10 para 10, Boa Morte tem ainda mais espaço para desbravar. Vai daí, é sobre si o penálti do 2:1, da autoria de Platt aos 99’, e é dele o 3:1 numa arrancada desde o meio-campo sem ninguém à frente, aos 108’. O 4:1 final é do alemão Albert Méndez, aos 113’. O Arsenal até nem vai longe na Taça da Liga – e já fora eliminado na Taça UEFA. Duas fora, duas. É isso, o Arsenal acaba a época com uma dobradinha: Premier e Taça da Inglaterra (2:0 vs. Newcastle).

A propósito do bis vs. Birmingham, a descontracção de Boa Morte na sala de imprensa é desconcertante. ‘Fiz uma boa exibição e saí a um minuto do fim para a ovação dos adeptos. Foi o meu melhor momento em Inglaterra, só quero repeti, mas é difícil porque o ataque titular é feito de Bergkamp, Wright mais Overmars e eles não páram de marcar golos.’

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