Totobola – 2 de Julho de 1966

Inglaterra-Uruguai X

No jogo inaugural do Mundial-66, a anfitriã Inglaterra soma o primeiro zero em Wembley desde 1945. O jogo é tão enfadonho que John Cleese, totalmente descrente no favoritismo inglês, dá os bilhetes da final a um amigo

Bulgária-Brasil 2

Ainda ninguém sabe, mas é o último jogo da dupla invencível Pelé-Garrincha (36 vitórias e quatro empates em 40 jogos na selecção). Na despedida, cada um marca o seu golo de livre directo (2-0)

França-México X

É o primeiro jogo do México num Mundial sem o guarda-redes Carbajal desde 1938. Na baliza, Calderón. Que sofre o 1-1 de Hausser, em resposta ao golo de Borja. Na linha lateral, o fiscal-de-linha português Joaquim Campos

Espanha-Argentina 2

É o único duelo hispano-argentino em Mundiais. O palco é o Villa Park, em Birmingham, e ganha a Argentina com dois golos de Artime, um com o pé direito e outro com o esquerdo. Pelo meio, Pirri empata de cabeça (2-1)

Hungria-Portugal 2

Começa aqui a inesquecível epopeia dos Magriços, iniciada com três golos de cabeça, dois de José Augusto e outro de Torres. A Hungria até joga melhor e ainda assusta, com o 1-1 de Bene aos 60′

Chile-Itália 2

Na ressaca da Batalha de Santiago, assim conhecida pela entrada em campo da polícia chilena para impedir mais desacatos entre os jogadores no Mundial 1962, a Itália ganha 2-0, com golos de Mazzola e Barison

Uruguai-França 1

Previsto para Wembley, o jogo é transferido para o Estádio White City, também em Londres. Whaaaat? Yup, há uma corrida de cães já marcada e a FIFA muda o palco. Ganha o Uruguai com um golo de Pedro Rocha, futuro treinador do Sporting

Suíça-Espanha 2

Mais um 2 no totobola, agora para a Espanha. Ao intervalo, até está mais para 1, cortesia Quentin. Valem os golos da reviravolta de Sanchís e Amancio, em Sheffield

Brasil-Hungria 2

Sem Pelé, magoado e poupado para o jogo seguinte vs Portugal, o Brasil vai a campo com Garrincha. De nada lhe vale e a Hungria ganha por claro 3-1. É a primeira derrota brasileira em Mundiais desde 1954, curiosamente também com a Hungria (4-2)

México-Inglaterra 2

Na sequência do 0-0 com o Uruguai, a agonia da Inglaterra com o golo acaba aos 39 minutos num pontapé do meio da rua de Bobby Charlton. Na segunda parte, o 2-0 final de Hunt, à boca da baliza

Argentina-Alemanha X

Com Joaquim Campos a fiscal-de-linha, o segundo 0-0 do Mundial é um regabofe pegado entre chutos e pontapés. Que não na bola, só na atmosfera e, às vezes (muitas), no adversário. O argentino com nome de alemão Albrecht vê o vermelho

Portugal-Bulgária 1

Old Trafford sente a magia dos Magriços, com dois golos na primeira parte (Vutsov, na própria baliza, e Eusébio) e outro na segunda (Torres), e Portugal já está qualificado para os quartos-de-final a uma jornada do fim

Itália-Rússia 2

A caminho da vergonhosa eliminação aos pés da Coreia do Norte, a Itália faz um rápido pit stop em Sunderland e tropeça com a URSS, graças a um fabuloso golo de Cislenko