Totobola – 26 Setembro 1965

Mais Play It Again Sam 05/22/2020
Tovar FC

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Totobola – 26 Setembro 1965

Histórico. Pela única vez na história, um boletim do Totobola reúne 12 uns e um xis. E dois? Zero, nada, nicles. Também engraçado é a ausência do Sporting no boletim. Surpresa das surpresas, o Beira-Mar saca um ponto no José Alvalade (1:1), que, certamente, arruinaria a aposta de muito boa gente. Vá, percebe-se a ideia de dar espaço à 2.ª divisão. Por isso mesmo, cinco jogos de 1.ª e oito de 2.ª, entre quatro da zona norte e outros quatro da sul

LUSITANO-BARREIRENSE 1

O 1 é definido bem cedo, antes da meia-hora. Aos 20 segundos, na primeira jogada, Coró finaliza um trabalho de José Pedro e Simões. Aos 9’, o guarda-redes eborense Vital despacha uma bola para o meio-campo contrário. A força do seu pontapé é mais forte do que ele imaginara. Ele e todos os outros dentro do campo, Bráulio incluído. A bola passa-lhe por cima e é o 2:0. O terceiro e último da tarde é o bis de Coró.

VARZIM-LEIXÕES 1

O Leixões perde 2:0 na Póvoa e acaba a jornada em último lugar isolado, sem qualquer ponto. A culpa é do Varzim, autor de uma exibição quanto baste na primeira parte, com os golos de Rogério (20’) e Valter (43’), ambos em lances estudados de bola parada, um de livre, outro de canto. O melhor em campo é Rosas, guarda-redes leixonense

FC PORTO-BENFICA 1

Nem cabe uma agulha nas Antas para receber o primeiro jogo grande da época 1965-66. Ganha o FCP com um golo em cada parte, da autoria de Naftal e Nóbrega. O Benfica, campeão em título, vê um golo de Yaúca ser-lhe anulado pelo árbitro Encarnação Salgado por jogo perigoso e ainda atira uma bola ao poste, por José Augusto.

ACADÉMICA-SETÚBAL 1

Goleada em Coimbra, antecedida por um minuto de silêncio a propósito da morte de dois universitários num acidente de viação em Mira. O número 9 Ernesto marca os dois primeiros golos da tarde, Carlos Cardoso reduz. A Académica toma o golo como uma afronta e vai até ao 4:1, por Artur Jorge e Rocha, para desespero do Keeper Mourinho.

GUIMARÃES-BELENENSES 1

Pouco público para assistir a um jogo de parada e resposta. O Belenenses abre as hostilidades, num livre directo de Carlos Pedro. O Vitória passa para a frente num piscar de olhos, através de Mendes e Peres. O 2:2 é de Teodoro, aos 54’. Quem fica o resultado é Djalma aos 72’, numa altura em que o Vitória joga com dez, por expulsão de Mendes (65’).

LEÇA-SALGUEIROS 1

É o jogo mais movimentado da 2.ª divisão, zona norte. Cinco golos para encher a vista. Começa o Salgueiros, pelo lateral Paco. Empata Amadeu. Após o intervalo, Cláudio dá nova vantagem ao Salgueiros e o Leça apoia-se no bis de Sá Pereira para garantir a vitória por 3:2 mais a liderança isolada. Anos depois, muitos mesmo, as duas equipas jogam três vezes entre si em Leça na 1.ª divisão, sempre com um golo de Constantino.

OVARENSE-FAMALICÃO 1

O Famalicão dá-se mal fora de casa, o 4:0 em Oliveira de Azeméis de há duas semanas comprova-o em absoluto. A Ovarense tira partido do factor casa e ganha pela margem mínima, cortesia de um golo do cabo-verdiano João Eduardo Fortes, mais conhecido por Djunga, jogador do Vitória SC em 1963-64.

LAMAS-MARINHENSE 1

O Marinhense dá ares de dono e senhor do jogo na primeira parte e chega a calar o público da casa, por obra e graça de Leitão, aos 40 minutos. O União faz a força e empata antes do intervalo, por Miranda II (44’). Na segunda parte, Romão (57’) e Martins II (82’) consomem a reviravolta para alegria de quase todos os presentes no Estádio Henrique de Amorim.

PENAFIEL-OLIVEIRENSE 1

Um jogo de extremos no Municipal. Do esquerdo ao direito. O primeiro a facturar é o extremo-esquerdo Abrãao, aos 40 minutos. O último é o extremo-direito Quintino, aos 86’. Pelo meio, Amândio amplia a marca para o Penafiel, 2:0. Cabe ao oliveirense André reduzir a desvantagem, na conversão de um penálti apitado por Henrique Graça. Acaba 3:1.

ALMADA-ORIENTAL 1

Grande agitação no campo do Pragal. A malta aparece em peso para apoiar a equipa da casa. Que domina de fio a pavio e falha oportunidades atrás de oportunidades para abrir o marcador. Ao intervalo, um mentiroso 0-0. Na segunda parte, o extremo-direito Correia lá encontra o caminho terrestre para o golo, aos 75 minutos.

BEJA-TORREENSE X

O golo do número 10 Serafim garante o empate no campo do Desportivo de Beja e ainda a liderança do Torreense na zona sul da 2.ª divisão, devidamente acompanhado pelo Alhandra. Antes, um remate defeituoso do central António Carlos trai o guarda-redes Pinheiro e dá esperança a quem aparece em bom número no Estádio José F. Ulrich.

ATLÉTICO-OLHANENSE 1

Com Matateu em particular destaque nos primeiros 20 minutos, o Atlético domina o jogo a bel prazer e falha dois golos por centímetros, um deles num livre directo do avançado. O nulo ao intervlo é lisonjeiro para os algarvios, sem pedalada para acompanhar o ritmo dos golos de João Carlos e Marinho

ALHANDRA-LUSO 1

O Luso do Barreiro reúne um onze com Torrão I e Torrão II mais Capitão-Mor, uma figura da CUF nos anos 60/70. Nada disso é suficiente para travar o andamento do Alhandra, líder da zona sul, em igualdade pontual com o Torreense. Ao golo madrugador de Fernandes (ex-Costa da Caparica), responde o Alhandra por Pedro Silva (penálti), Antunes e Carlitos, no campo das Hortinha.

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