Great Scott #119: Em que ano recebe Muhammad Ali a réplica da medalha de ouro conquistada em 1960?
1996
Sondagem da Associated Press.
Quantas estrelas tem a bandeira dos EUA? Ora bem, 47? 51? Só 42% da população norte-americana acerta na resposta certa.
Quem é o melhor desportista norte-americano de todos os tempos? Ora bem, 97% da mesma população responde Muhammad Ali.
Capa da revista “Sports Illustrated” por 37 vezes (melhor, só o basquetebolista Michael Jordan com 41), Muhammad Ali despede-se dos ringues com 56 vitórias (37 por KO) em 61 combates. Campeão olímpico em Roma 1960, o pugilista atira a medalha de ouro ao rio Ohio, em 1964, depois de lhe ter sido recusado o atendimento num restaurante “só para brancos”. É nesse ano de 1964 que Cassius Marcellus Clay Jr anuncia a conversão ao islamismo e muda de nome para Muhammad Ali.
A atitude vale-lhe muitas críticas da sociedade norte-americana e Ernie Terrell até tem a ousadia de brincar com o assunto. Chama-o de Clay antes de um combate em Fevereiro 1967. Durante o combate, Ali arrasa Terrell e bate-lhe constantemente, enquanto pregunta repetidamente ‘qual é o meu nome?’ O massacre acaba ao 15.º assalto. E porquê 15.º? Porque Ali tem a mania de prever quando é que os adversários vão ao chão. E acerta, na maioria das vezes.
Adiante, o homem despede-se oficialmente do boxe em Setembro 1978. Leon Spinks, campeão olímpico em 1976, até vê estrelas. Pobre coitado. Ali sai em grande, como lhe convém. E depois anuncia a saída irreversível. É um discurso frio e distante. Só em 1996, por ocasião dos Jogos Olímpicos em Atlanta, é que Muhammad é finalmente convidado pelo COI para receber uma réplica da medalha de ouro de 1960, além de acender a tocha gigante a indicar o início dos Jogos.