1962, Brasil 2:1 Portugal
Imagine a cena: o Benfica sagra-se bicampeão europeu no dia 2 Maio em Amesterdão (5:3 ao Real Madrid) e a maioria dos seus jogadores atravessa o Atlântico para jogar com o Brasil, primeiro em São Paulo, depois no Rio de Janeiro. Aí estão eles, os heróis europeus no Pacaembu, quatro dias depois da gloriosa conquista: Costa Pereira, Eusébio, José Augusto e Coluna mais Simões, como suplente. Desses cinco, dois destacam-se dos demais. Coluna pelo golo e Costa Pereira pelas defesas aparatosas, penálti de Didi incluído, a adiar o inevitável. Na defesa, Lino impede Zagallo de se aventurar e Vicente faz mais uma cobertura exemplar a Pelé. Só falta Hilário, a quem Garrincha lhe troca as voltas uma só vez. É o suficiente para o 1:1. Zequinha confirmaria a vitória brasileira no segundo duelo entre Pelé e Eusébio, após o Benfica-Santos em Paris.
Particular
6 Maio 1962 (domingo)
Estádio Pacaembu, em São Paulo
Árbitro Cláudio Vicuña Larrain (Chile)
BRASIL Gilmar; Djalma Santos e Nilton Santos; Zito (Zequinha), Bellini e Calvet; Garrincha, Didi, Vavá (Amarildo), Pelé e Zagalo (Germano)
PORTUGAL Costa Pereira (Bf); Lino (Sp) e Hilário (Sp); Mendes (Sp) (cap), Lúcio (Sp) e Vicente (Bel); Yauca (Bel), Eusébio (Bf), José Augusto (Bf), Coluna (Bf) e Serafim (FCP)
Substituições Lino por José Carlos (CUF), aos 45; José Augusto por Simões (Bf), aos 64
Ao intervalo 1:1
Marcadores 0:1, Coluna (9, jogada individual); 1:1, Garrincha (24); 2:1, Zequinha (74)
Nota Costa Pereira defende penálti de Didi
Estreias Simões e Serafim