1990 Portugal 1:1 Alemanha

Em dia de estreias (os seleccionadores Artur Jorge e Berti Vogts), cabe a Portugal a honra de registar a visita do ilustre campeão mundial. A RFA domina em toda a linha na primeira parte e marca de livre directo pelo patrão Matthäus, a castigar falta de Venâncio sobre Bein. No segundo tempo, os portugueses encostam os alemães à sua baliza graças a uma atitude agressiva, no bom sentido. Que o diga Brehme, que perde a bola em zona proibida para o insistente Cadete. Da abertura para a área resulta o 1-1 de Rui Águas como corolário de uma exibição mexida, mesmo sem os artistas internacionais como Futre e Rui Barros. Nas bancadas, apenas 20 mil espectadores traduzem um afastamento da selecção, algo criticado por Vogts. “Faltou-nos público para jogarmos melhor.” Já Lena d’Água está felícissima com o golo do mano Rui. “Ia-me dando uma coisa quando a bola entrou na baliza dos alemães, até parecia mentira.”

               Particular

                29 de Agosto de 1990 (quarta-feira)

                Estádio da Luz, em Lisboa

                Árbitro Lo Bello (Itália)

                PORTUGAL Silvino (Bf); Veloso (Bf) (cap); Galo (Bel), Hernâni (Bf), Venâncio (Sp) e Fonseca (VSC); V. Paneira (Bf), André (FCP) e Semedo (FCP); Rui Águas (Bf) e Cadete (Sp)

                ALEMANHA Illgner; Berthold, Reuter, Köhler, Buchwald e Brehme; Matthäus (cap) (Binz), Möller e Bein (Rein­ hardt); Völler (Klinsmann) e Riedle

                Substituições Galo por José Carlos (Bf), aos 45; Semedo por Pacheco (Bf), aos 80

                Ao intervalo 0:1

                Marcadores 0:1, Matthäus (14); 1:1, Rui Águas (57, assistência de Cadete)

       Disciplina cartões amarelos a Köhler (28), Hernâni (59) e Veloso (75)

       Estreias Cadete, João Galo e José Carlos