Schmeichel e a cultura da bola

Mais Stop The Press 10/15/2020
Tovar FC

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Schmeichel e a cultura da bola

Capitão do Man United na lendária final europeia vs Bayern em Camp Nou, o dinamarquês assina pelo Sporting e transforma-se no reforço mais sonante da pré-época.

Com um currículo vistoso, e goleador (nove golos na carreira até aí) (chegaria aos 11), Peter desenvolve o toque de Midas. Quando chega a Manchester, o United está há 26 anos sem ganhar o título. Vai daí, toma lá a Premier League. Quando chega a Lisboa, o Sporting está há 17 anos sem ganhar o título. Vai daí, toma lá a Liga.

Na primeira entrevista à Sporting, umas luzes bem interessantes e críticas sobre a nossa maneira de viver o futebol. Hoje, 20 anos depois, continua tudo na mesma. Ou pior.

“Que fique, desde já, bem claro que não estou no Sporting para dar conselhos mas sim para jogar futebol”

“Já conhecia muito do futebol português através da televisão, nomeadamente dos Eurogolos do Eurosport e estava familiarizado com a generalidade das equipas. Devo dizer que se trata de um bom futebol, com qualidade. Mas parece-me que os vários agentes do futebol, a todos os níveis, têm algo a aprender. O futebol é importante e toca muita gente mas não deve perder-se a perspectiva de que se trata de um jogo. É certo que desperta muitas emoções; mas quando se exagera a sua importância, dificulta-se muito as coisas”

“Os jogadores têm de respeitar os árbitros, mas estes devem ter alguma tolerância. Na quarta-feira, Vítor Pereira fez um trabalho fantástico no Dinamarca-Israel, não me lembro mesmo de ver uma arbitragem mais perfeita. Mas, em Portugal, qualquer toque ou encosto é logo falta”

“Creio, também, que a Imprensa devia dar menos importância à arbitragem. Para mim, os melhores árbitros são aqueles de quem nem nos lembramos do nome. Ainda quanto à Imprensa gostaria de fazer um reparo. Houve quem quisesse fazer um caso da minha ida para a Dinamarca após o jogo com o FC Porto; como o meu regresso também. Para quê? Não havia história alguma. O que ganharam com isso?”

“Já conhecia Portugal de férias aí passadas e também de um estágio que fiz em Tróia, com o Hvidrove, em 1984. O Michael Manniche [Benfica entre 1983 e 1987] também me disse que se tratava de um excelente local e encorajou-me bastante. Acabou, assim, por consumar-se a minha vinda”

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