É um Ferrari Testarossa preto, sff
Campeão do mundo, Maradona não se contenta apenas com a taça do mundo
aos ombros de milhares de mexicanos. Ele quer mais e decide-se por mandar
fazer à Ferrari um Testarossa preto.
A ideia nem é nova, mas também não é corriqueira. Afinal, só há um Ferrari assim
no mundo – é do actor Sylvestre Stallone (o terceiro exemplar vai parar às mãos
de Michael Jackson, que, só para ser diferente, inova no pedido: descapotável).
Quando a recebe, Maradona descobre logo uns quantos defeitos. Primeiro, nota
a falta de estereo no som. Depois, a falta de ar condicionado. “Então que a
metam no cu”, reage Maradona, num episódio alegremente contado por Guillermo Cóppola, o seu agente durante anos e anos. “Quando lhe expliquei que
aquilo era um carro de corrida e, por isso, não tinha esses acessórios, ele mandou-me dar uma volta no seu estilo.”
E? “Claro que não o fez”, prossegue Cóppola. “Dava voltas sempre que podia
mas não era um carro a que desse muito uso.” Daí que o vendesse com apenas
20.200 quilómetros. “Só?”, pergunta o capitão da Argentina em 1986. “Se foi só
isso, então corri mais km em campo.”