Great Scott #184: Única época sem clubes portugueses na fase de grupos da Liga dos Campeões?

Great Scott Mais 12/18/2020
Tovar FC

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Great Scott #184: Única época sem clubes portugueses na fase de grupos da Liga dos Campeões?

2002-03

No fundo no fundo no fundo, a Liga dos Campeões é uma ideia ‘macaca de imitação’ da Libertadores. A CONMEBOL inventa a sua prova de clubes em 1960 e adopta o sistema de grupos com três ou mais equipas em 1962. A UEFA demora anos e anos para chegar a esse ponto. Até 1991, é sempre eliminatórias a duas mãos. A partir daí, muda-se o nome de Taça para Liga. Grupos, novidade número um. Mais representantes por país, novidade número dois.

Daí para cá, Portugal só não se faz representar uma vez, em 2002-03. Tanto o campeão como o vice entram na terceira pré-eliminatória, de acesso à fase de grupos. O Sporting encontra o Inter e o Boavista o Auxerre. O sorteio é tricky. A primeira mão joga-se em Portugal. No José Alvalade, 0:0. Sem Jardel, já imerso em problemas mil, o treinador Bölöni joga com o compatriota Niculae e, aos 58 minutos, estreia Ronaldo. Esse mesmo. O miúdo faz uns brilharetes na cara de Coco e pouco mais. No Bessa, 0:1. Um golo de Cissé (71’) arrefece os ânimos.

Quinze dias depois, o Sporting visita o Giuseppe Meazza e infelizmente repete o resultado da célebre ½ final da Taça UEFA 1991, com golos de Di Biagio e Recoba, ambos na primeira parte (31’ e 44’). No Abbé-Deschamps, o empate sem golos beneficia o Auxerre e é uma espécie de vingança de Guy Roux em relação a Jaime Pacheco – em 1984, na estreia europeia do Auxerre (e do treinador Guy Roux), o Sporting leva a melhor, em França, após prolongamento; o número 10 dessa primeira eliminatória da Taça UEFA é Jaime Pacheco, agora treinador do Boavista. Sem equipas portuguesas, a Liga dos Campeões é ganha por um digno representante nacional: Rui Costa.

Na final entre italianos em Old Trafford, Milan e Juventus cansam os adeptos durante 120 minutos. Há um golo, verdade, só que anulado por fora-de-jogo posicional de Rui Costa. Nos penáltis, a aselhice é flagrante e falha-se cinco dos dez remates. Mérito, diga-se, para Dida e Buffon. O brasileiro defende três (Trezeguet, Zalayeta e Montero), o italiano dois (Seedorf, Kaladze). No último, Shevchenko anima o Milan e é o primeiro ucraniano a ganhar a competição.

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