Great Scott #194: Única selecção campeã europeia a jogar de 1 a 22 por ordem alfabética?

Great Scott Mais 01/01/2021
Tovar FC

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Great Scott #194: Única selecção campeã europeia a jogar de 1 a 22 por ordem alfabética?

Itália 1968

Ponto prévio, a Itália é a primeira selecção a juntar um título europeu a um mundial. Seguir-se-iam Alemanha (1954-1972), França (1984-1998) e Espanha (2008-2010) — a Itália ganha os Mundiais 1934 e 1938, depois o Euro-68.

A jogar em casa, a Itália é bafejada pela sorte da moeda ao ar na 1/2 final, vs URSS (0:0). Na decisão, aparece-lhe a Jugoslávia. Insistimos, a Itália joga em casa (Olímpico, Roma). E, claro, não pega no jogo nem sabe como fazê-lo. Joga à defesa, porquê se está 0-0? Mais confortáveis, os jugoslavos trocam a bola – e as voltas à cabeça dos italianos. Zoff é o 112 da squadra. Defende tudo, tudo, menos o remate de Dzajic (sempre ele) aos 39 minutos.

Por alguma razão, é eleito o melhor em campo pela imprensa internacional, seja espanhola, seja inglesa ou portuguesa, com nota máxima (5). A Itália congela e só depois reage, atabalhoadamente. Desanima claramente os 100 mil espectadores. Mais ainda os milhões de telespectadores que vêem o jogo através da RAI com narração de Nicolò Carosio, de 69 anos de idade, comentador italiano de rádio das finais dos Mundiais 1934 e 1938, já reformado e contratado especificamente para
relatar a final.

O árbitro suíço Gottfried Dienst é tudo menos neutro (já o fora na final do Mundial-66: lembra-se do golo fantasma, o do 3-2 da Inglaterra à RFA?) e o empate nasce na enésima invenção à entrada da área dos jugoslavos. Chamado a bater, Domenghini liberta o grito do golo. A dez minutos do fim, quando as bandeiras no estádio já estão a meia haste, antevê-se prolongamento. Nem assim. Aquela meia hora extra é como se não existisse. Há cansaço extra, está visto. E agora?

As regras são explícitas: em caso de empate, recorre-se a uma finalíssima dois dias depois. No dia 10, no mesmo Olímpico, a Itália enche-se de brio e ganha 2:0, golos de Riva (11’) e Anastasi (32’). Começa aqui a lenda de Zoff. Como melhor jogador do Euro-68 e capitão do glorioso Mundial-82. “Nós não merecíamos ter ido à finalíssima”, admite o guarda-redes italiano, “mas fomos superiores aos jugoslavos no segundo jogo.”

Eis os 22 de Ferruccio Valcareggi

  1. Albertosi
  2. Anastasi
  3. Anquiletti
  4. Bercellino
  5. Burgnich
  6. Bulgarelli
  7. Castano
  8. De Sisti
  9. Domenghini
  10. Facchetti
  11. Ferrini
  12. Guarneri
  13. Juliano
  14. Lodetti
  15. Mazzola
  16. Prati
  17. Riva
  18. Rivera
  19. Rosato
  20. Salvadore
  21. Vieri
  22. Zoff
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