#12 Portugal 2016
Obrigado. Obrigado ao Balaj, pelo 1-0 da Albânia em Aveiro. Obrigado ao Santos pelo sim à federação. Obrigado ao Ronaldo pelo golo de cabeça em Copenhaga aos 90’+5. Obrigado ao encosto de Ronaldo para o 1-0 sobre a Arménia no Faro/Loulé. Obrigado ao Ricardo Carvalho pelo cabeceamento no meio dos sérvios na Luz. Obrigado ao Coentrão por empurrar a bola na pequena área para o 2-1 à Sérvia na Luz. Obrigado ao Ronaldo pelo penálti em Erevan. Obrigado ao Ronaldo pela insistência no 2-1 em Erevan. Obrigado à recepção prodigiosa do Ronaldo para o 3-1 em Erevan. Obrigado à entrada fulgurante do Miguel Veloso aos 90’+2 em Elbasan. Obrigado ao pontapé de Moutinho vs Dinamarca, em Braga. Obrigado ao Nani pelo 1-0 em Belgrado. Obrigado ao Moutinho pelo 2-1 em Belgrado. Obrigado à coragem de Santos em assumir finalmente a candidatura ao título. Obrigado à tabelinha André Gomes-Vieirinha para o 1-0 de Nani em Saint-Étienne. Obrigado à abertura de Ronaldo para Nani para o 1-1 vs Hungria. Obrigado ao calcanhar de Ronaldo no 2-2 vs Hungria. Obrigado ao tempo de salto de Ronaldo no 3-3 vs Hungria. Obrigado ao 2-1 de Traustason (Islândia) à Áustria. Obrigado ao roubo de bola de Ronaldo, ao contra-ataque de Renato, à rosca de Nani e ao cabeceamento de Quaresma vs Croácia. Obrigado ao pé esquerdo de Renato no 1-1 à Polónia. Obrigado à pontaria dos cinco marcadores de penálti. Obrigado ao AirJordan de Ronaldo no 1-0 a Gales. Obrigado a Nani pelo 2-0 a Gales. Obrigado ao poste direito de Patrício. Obrigado ao Patrício. Uma. Duas. Três vezes. Obrigado ao pontapé libertador de Éder no 1-0 à França. Obrigado, já.
Albânia 0:1
Et voilà, eis-nos no grupo i de qualificação do Euro-2016 com Dinamarca (22.ª do ranking da UEFA), Sérvia (27.ª), Albânia (42.ª) mais Arménia (51.ª). Passam automaticamente os dois primeiros classificados. Ou seja, impossível falhar – sobretudo quando se começa com a Albânia. Quer dizer, avante Portugal. Mesmo sem o capitão Cristiano Ronaldo, não há desculpas, allez allez. Só que não. A Albânia comete a proeza de ganhar fora em apuramentos pela terceira vez na sua história, com um golo de Balaj no início da segunda parte. Daí até ao apito final, uma série de erros de casting por parte de Paulo Bento, brindado com lenços brancos pela esmagadora maioria dos 23 mil adeptos em Aveiro, sinal mais que evidente da ruptura entre o seleccionador e todo um país. O jogo é de uma pobreza franciscana, com excesso de bolas longas pelo ar e sem oportunidades claras de golo. Há uma gritante falta de imaginação, à imagem de Paulo Bento nas substituições: Cavaleiro e Ricardo Horta (em estreia) mais o disco riscado Miguel Veloso.
Dinamarca 1:0
Em dia da 150.ª internacionalização de Ronaldo (116 pelos AA mais 34 pelas camadas jovens), é obrigatória uma vitória de Portugal para fazer esquecer a derrota com a Albânia em Aveiro na jornada de abertura da qualificação do Euro-2016. O teimoso 0-0 mantém-se até ao quinto minuto de descontos, quando um cruzamento da direita de Quaresma apanha Ronaldo a saltar mais alto que o guarda-redes Schmeichel. O cabeceamento é glorioso, Portugal ganha 1-0 e sacode a crise no primeiro jogo a sério de Fernando Santos. Para tal, é preciso paciência de chinês. E também alguma sorte, a avaliar pela bola ao poste de Krohn-Dehli aos 72 minutos. No flash-interview, a felicidade de Ronaldo é evidente. “Conheço bem o Quaresma e sabia o que ele ia fazer. Quaresma fez um bom cruzamento e eu sabia mais ou menos que a bola ia aparecer ali. E eu fiz o que tinha de fazer.” O golo permite-lhe igualar a dupla Keane (Irlanda) e Klose (Alemanha) no primeiro lugar dos melhores marcadores de sempre em apuramentos para o Europeu, com 16.
Arménia 1:0
No regresso a casa para a qualificação do Euro-2016, depois do desastre com a Albânia, a equipa de Santos saúda a estreia de Raphaël Guerreiro e arranca a segunda vitória seguida. De novo, golo solitário de Ronaldo. De novo, uma trabalheira para chegar aos três pontos. A Arménia, em abono da verdade, até remata mais vezes à baliza (7-5). Patrício faz três defesas apertadas, Berezovsky repele um remate de Ronaldo, dois. Ao terceiro, golo. O 17.º em fases de qualificação de Europeus, o que faz dele o novo melhor marcador de sempre, à frente de Keane (Irlanda) e Klose (Alemanha). A jogada é entre Nani e Quaresma até ao toque final do capitão, já na pequena área e sem o guarda-redes à baliza. Antes, Danny acertara na trave. Depois, Éder cabeceia uma bola ao poste. No final, o suíço Bernard Challandes, seleccionador arménio, critica Portugal sem papas na língua. “Como é que o motorista não sabia o caminho para o estádio, como? Perguntámos a um polícia e ele também não sabia, como? Que má estratégia de Portugal, uma selecção fora de série dentro de campo e sem classe alguma fora dele.”
Sérvia 2:1
Ambiente frenético na Luz, com um benfiquista no onze (Eliseu). Começa bem Portugal, com um golo de cabeça do central Ricardo Carvalho, sem tirar os pés do chão, após canto curto na direita. O pior vem depois: os festejos correm-lhe mal e ressente-se de uma lesão, pelo que é substituído de imediato por Fonte. Ainda assim, Carvalho (sem golo na selecção desde 2007) é o jogador português mais velho a marcar, aos 36 anos, à frente de Manuel Fernandes (35 em 1986). A Sérvia, sem qualquer remate à baliza de Patrício até ao intervalo, ataca com mais pertinência na segunda parte e é premiada com o empate numa vistosa bicicleta de Matic. Menos de 200 segundos depois, contra-ataque português com Moutinho a cruzar rasteiro ao segundo poste, onde aparece o extremo-esquerdo Coentrão a empurrar a bola para a vitória, com toda a calma do mundo – o seu último golo na Luz havia sido num Benfica-Marítimo em 2011. Tranquilo, Portugal dorme líder do grupo de qualificação, com dois pontos a mais que Dinamarca e Albânia.
Arménia 3:2
A Arménia nem é assim lá grande espingarda, só que a viagem, o campo e o público moem qualquer um. Até Portugal. Aos 11 minutos, o brasileiro naturalizado arménio Marcos Pinheiro acerta um livre prodigioso. Patrício sai-se mal na fotografia, porque está fora da baliza à espera do cruzamento em vez do remate directo. À passagem da meia-hora, penálti sobre Moutinho à entrada da área e empate de Ronaldo. Que seria também o autor do 2-1, a aproveitar uma hesitação entre o central Andonian e o guarda-redes Berezovsky, já titular vs Portugal em 1996, aquando do primeiro jogo entre as duas selecções, para o Mundial-98. No quadradinho seguinte, hat-trick de Ronaldo. Reposição de bola por parte de Patrício, domínio de Ronaldo e pontapé indefensável do meio da rua, ali ao ângulo superior. Um golo do além a garantir os três pontos. E o terceiro hat-trick de Ronaldo na selecção,como Pauleta. Até final, Tiago é expulso por duplo amarelo e Patrício é novamente mal batido num golo. No pasa nada, acaba 3-2.
Albânia 1:0
Atenção à Albânia, única invicta do grupo e com a defesa mais coesa (apenas dois golos sofridos). Portugal toma nota e assenhora-se do jogo em Elbasan. Aos 12 minutos, Bernardo serve Ronaldo e o remate deste é defendido para canto. Na sequência, Nani acerta no poste, em desequilíbrio e com a baliza escancarada. Até ao intervalo, Ronaldo (30’) e Bernardo (40’) espreitam o golo com remates venenosos, ambos ao lado, enquanto Patrício não faz uma única defesa. Na segunda parte, a Albânia como que acorda e empata em bolas ao ferro, por Cikalleshi (76′). A selecção reage ao golpe e atira-se ao ataque. Quando o árbitro sueco Eriksson dá três minutos a mais, todos se parecem contentar com o empate. Todos, não. Éder ganha um canto na direita. Quem o marca? Quaresma. Parece que é com a mão, tal a perfeição da curva da bola, mas é mesmo com o pé direito. Salta um cacho de jogadores e o mais certeiro de todos é Miguel Veloso. Piimba, 1-0. É a quinta vitória seguida na qualificação e o Euro-2016 já só está à distância de um ponto nos dois jogos em falta.
Dinamarca 1:0
Para o decisivo teste, Santos mexe no onze em relação ao 1-0 em Elbasan (Albânia) e tira Vieirinha, Pepe, Eliseu, Miguel Veloso mais Danny. Para os seus lugares, Cédric, Bruno Alves, Coentrão, Moutinho e Tiago. A mudança nem se nota, a equipa é mesmo um todo. Daí a quantidade de goleadores-heróis além de Ronaldo, como Éder (Itália 1-0) Raphäel (Argentina 2-1), Veloso (Albânia 1-0) e Moutinho (Dinamarca 1-0). O seu golo é uma obra de arte, na medida em que tira três adversários da frente à entrada da área antes do remate fatal, junto ao poste direito de Kasper Schmeichel. Antes, Nani acerta na trave (41′) e Bendtner assusta Patrício com uma bola ao poste esquerdo (47′). Empatados em azar, decide o génio de Moutinho. E, já agora, de Santos. Com ele, a selecção só sabe ganhar (seis seguidas) e sempre sempre sempre pela margem mínima. A própria qualificação para um Europeu a uma jornada do fim (o próximo jogo, em Belgrado, já não conta para o totobola) é um facto inédito – Otto comete essa proeza para o Mundial-66, imita-o Scolari no Mundial-2006.
Sérvia 2:1
Com a qualificação assegurada (e o primeiro lugar mais que confirmado), Portugal entra em campo sem uma série de artistas do nosso contentamento. A ausência mais notada é a do capitão Cristiano Ronaldo. Até o dirigente João Vieira Pinto admite: “Sem ele, a vida é muito mais tranquila no aeroporto e no hotel.” A braçadeira voa então para Nani, autor do 1-0 aos cinco minutos, num lance bem rápido entre Bruno Alves (corte de cabeça) e Danny (remate para defesa incompleta de Stojkovic). A Sérvia enche-se de brio e ataca a baliza de Patrício a torto e a direito. Às tantas, 1-1 de Tosic num remate implacável com o pé esquerdo. Santos faz entrar Moutinho e é dele o 2-1 final, na primeira vitória de sempre em Belgrado e a sétima consecutiva na qualificação para o Euro-2016. Com o golo de bandeira do suplente Moutinho (remate em arco, junto ao poste mais distante), Portugal garante o estatuto de cabeça-de-série no sorteio da fase final , algo só visto na era Humberto Coelho para o Euro-2000.
Islândia 1:1
A sorte bate-nos à porta no sorteio do Euro-2016 com um grupo acessível: Islândia (0), Áustria (1) e Hungria (2) não têm sequer metade das nossas sete participações. O caminho está aberto. Ou talvez não. Sem Danny, Coentrão e Bernardo, todos lesionados, os 23 de Santos merecem escassa ou nula discussão. O grupo está unido. Vamos lá cambada, todos à molhada, qu’isto é futebol total. Errrr, atenção, muita atenção, isto vai começar assim-assim. Saint-Étienne, 14 Junho. Aos três minutos, Pepe vai mole a uma bola na linha lateral e deixa-se ultrapassar por Sigurdsson. O remate do islandês é parado por Rui Patrício. Anima Portugal e ganham-se um, dois, três, quatro cantos seguidos. O golo está aí. E aparece mesmo, aos 31’. Lance entre André Gomes e Vieirinha, conclusão de Nani. Fixe bem este momento, é um dos raros de todo o Euriopeu em que a selecção está em vantagem. Até aos 50’, altura em que Carvalho avança, Pepe idem idem e Vieirinha aspas aspas. Aproveita Bjarnasson, 1-1. O empate deixa-nos um sabor amargo. Deixa lá, vem aí a Áustria.
Áustria 0:0
Santos muda o esquema e aposta em 4-3-3, com o capitão Ronaldo a 9. Do primeiro jogo com a Islândia, duas alterações: William por Danilo (o FC Porto perde o seu único representante) e Quaresma por João Mário. A Áustria é incompetente em todos os sentidos e nem sabe sair para o ataque, a avaliar pelo chouriço do guarda-redes Almer contra o corpo do central Hinteregger aos 19′ a resultar no sexto canto para Portugal. A avalanche continua em ritmo non-stop e é confrangedor ver o 0-0 ao intervalo, sobretudo depois de Nani ter acertado em cheio uma bola no poste de esquerdo de Almer, aos 29′. Na segunda parte, é pior ainda. Dos quatro remates de Ronaldo à baliza, três só não entram por obra e graça do afoito Almer, em noite siiiiiiiiiiiiiim. O outro é aquele penálti. O lance até é bem típico (bola para um lado, guarda-redes para o outro), o problema é que se intromete ali o poste. A última vez que tal acontecera num Europeu é em 2000, com o holandês Kluivert vs Itália. Porca miseria.
Hungria 3:3
De volta ao ponto de partida. Então? É assim mesmo, o nosso primeiro jogo com a Hungria, em 1926, também acaba 3-3 no Ameal (Porto). Na altura, é só um particular – que, nesse tempo, o da outra senhora, designa-se amigável. Quis o destino juntar Portugal e Hungria em Lyon na definição do grupo. Santos volta ao 4-4-2 do jogo com a Islândia e só faz uma troca à esquerda: Eliseu por Guerreiro. A Hungria, líder do grupo, dá o mote com um golo sensacional de Gera. O empate chega antes do intervalo, pelo pé esquerdo de Nani, após abertura magistral de Ronaldo. Segue-se a segunda parte e é de loucos. Quatro golos dos capitães e em 15 minutos. Dszudszák abre a torneira de livre directo, Ronaldo iguala de calcanhar, Dszudszák desempata às três tabelas, Ronaldo fixa de cabeça. Três jogos, três pontos. Com a confirmação do 2-1 da Islândia sobre a Áustria nos descontos, a selecção cai para o terceiro lugar, evita a Inglaterra em Nice e salta para o bloco de cima da tabela de jogos, sem a presença dos quatro campeões (Espanha, Itália, Alemanha e França).
Croácia 1:0 ap
Cuidado, isto vai acabar bem, muuuuuuuuito bem. Começa o outro Euro, o da fase a eliminar. Vai daí, Santos revoluciona o onze com as entradas de Cédric, Fonte e Adrien para os lugares de Vieirinha, Carvalho e Moutinho. O meio-campo do Sporting ganha forma, que se cuide a Croácia, líder-surpresa do grupo da Espanha. Ou então não, o jogo é uma lástima. Até aos 90 minutos, cerca de zero remates à baliza. Zero, isso mesmo. No prolongamento, mais do mesmo. Que marasmo. Aos 116 minutos, a Croácia aventura-se e , imagine-se, Patrício desvia um remate de Perisic para o poste. Acto contínuo, Ronaldo rouba a bola para iniciar o contra-ataque mais surpreendente da história. A bola sobra para Renato, depois Nani. O remate deste é torto e vai parar ao segundo poste, onde Ronaldo atira sem marcação para defesa incompleta de Subasic. Na recarga, o suplente Quaresma só tem de encostar, de cabeça, quase em cima da linha de golo. Siiga, vemo-nos em Marselha, vs Polónia.
Polónia (1:1 + 5:3 p)
Marselha, essa cidade maldita. No Euro-84, o Velódromo assiste à eliminação de Portugal aos pés da França com um golo de Platini em cima dos 120 minutos. Agora, outro galo cantará. Ou não? O começo é o mais desastroso possível: Cédric escorrega e abre uma autoestrada para a conexão entre Grosicki-Lewandowski, 1-0. Como é seu timbre, Portugal de Santos responde à altura. Renato tabela com Nani e enche o pé esquerdo para o golo (pormenor delicioso: na jogada anterior, Nani não devolve a bola e Renato chamara-o a atenção para esse facto). Daí para a frente, joga-se futebol sem balizas. A angústia prolonga-se até aos penáltis. Aí, somos reis e senhores com 100% de aproveitamento, algo que nos acontece pela primeira vez num desempate em fases finais: Ronaldo, Renato, Moutinho (este incentivado pelo capitão com o célebre “tu bates bem pá, tu bates bem”), Nani e Quaresma. No lado polaco, Blaszczkowski atira para o lado esquerdo de Patrício e o guarda-redes português adivinha-lhe o intento. Sobra o remate de Quaresma e o número 20 é o herói do jogo pelo segundo jogo seguido.
Gales 2:0
A história de Gales é secular. Os rapazes jogam (entre o mal e o assim-assim) desde 1876. É a terceira selecção mais antiga do mundo, a seguir à inglesa e à escocesa – só para se perceber bem a distância de uma realidade para a outra, a primeira equipa nacional de Portugal remonta a 1921, quase meio-século depois. De participações em fases finais, só uma: o Mundial-58 – só para entender bem a distância de uma realidade para a outra, Portugal acumula 13. Este Gales tem Bale e Ramsey. Um marca três golos na fase de grupos (dois deles de livre directo em jogos seguidos, algo inédito na história dos Europeus), o outro vê amarelos e está fora de cena. Aproveita Portugal para selar a única vitória do Europeu em tempo útil, cortesia Ronaldo e Nani. Sobretudo Ronaldo. Aquele voo para o 1-0 é algo de extraordinário (que o diga Chester, batido sem apelo nem agravo) e é também seu o remate de fora da área para a emenda perfeita de Nani. Tanto um como outro, somam três golos no Europeu e indicam o caminho para a final do Stade de France. Siiiiiga.
França 1:0 ap
Que noite, que magia, que encanto. Portugal é campeão da Europa, graças a um golo de Éder, numa noite em que o capitão Ronaldo é substituído aos 28 minutos, por falta imprevidente de Payet. A anfitriã França carrega très bien e até poderia ter evitado o prolongamento, não fosse Patrício com quatro defesas do outro mundo e ainda o poste, num remate de Gignac em cima dos 90′. De suplente para suplente, Éder tem a palavra. Um minuto depois de Guerreiro acertar uma bola na trave, de livre directo, o número 9 português domina, afasta Koscielny e atira com o pé direito, bem de longe. Lloris reage tarde, Portugal celebra até às tantas.
Que noite, que magia, que encanto. Islândia, Áustria, Hungria, Croácia, Polónia, Gales e França. Nenhuma derrota em sete jogos, três deles com prolongamento e um dos quais resolvido nos penáltis. Eis o meritório percurso da selecção portuguesa, rumo ao inédito título de campeão europeu. Patrício acaba o Europeu sem sofrer qualquer golo nos últimos 328 minutos. À sua frente, o quarteto só se define a partir dos oitavos-de-final com Cédric e Raphaël nas alas mais Fonte e Pepe no meio. À sua frente, William bem ajudado por Adrien, João Mário e Renato. No ataque, Ronaldo defende mais que nunca e Nani faz de 9. Os suplentes Quaresma e Éder saltam do banco para evitar os penáltis vs Croácia e França. Somos campeões e vamos à Taça das Confederações-2017, na Rússia. A Europa é nossa, o Mundo está quase.
Subida para a glória
- Albânia 0:1
- Dinamarca 0:1 Ronaldo
- Arménia 1:0 Ronaldo
- Sérvia 2:1 RicardoCarvalho Coentrão
- Arménia 3:2 Ronaldo-3
- Albânia 1:0 MiguelVeloso
- Dinamarca 1:0 Moutinho
- Sérvia 2:1 Nani Moutinho
- Islândia 1:1 Nani
- Áustria 0:0
- Hungria 3:3 Ronaldo-2 Nani
- Croácia 1:0 Quaresma
- Polónia 1:1 Renato Sanches
- Gales 2:0 Ronaldo Nani
- França 1:0 Éder