Great Scott #231: Único cromo de Portugal no Mundial-86 fora da esfera dos três grandes?
Frederico
A qualificação é aquilo que a gente sabe: sofrimento, sofrimento, sonho, Carlos Manuel. Aquele pontapé do meio da rua em Estugarda liberta-nos e atira-nos para o segundo Mundial, precisamente 20 anos depois da estreia, em 1966. No México, a nossa figura será a de corpo presente, com uma vitória vs Inglaterra (1:0) e duas derrotas (Polónia 1:0, Marrocos 3:1).
Para o livro de honra, dois golos de homens da Moita, o primeiro de Carlos Manuel (sempre ele), o segundo de Diamantino. Pelo meio, mau ambiente, greves, jogos mal combinados, lesões. É a bandalheira. Tudo tudo tudo sem o presidente federativo Silva Resende, comoda e cobardemente (?) instalado na capital Cidade do México.
Entre o sonho de Carlos Manuel e o chapéu de Diamantino, a Panini lança a caderneta do Mundial. A nossa selecção é a antepenúltima, só à frente de Inglaterra e Marrocos. Dos 16 jogadores eleitos (uns certos, outros nem tanto, como Jordão e Venâncio, além do positivo-afinal negativo-Veloso), só um foge à ditadura dos três grandes – é o central Frederico, do Boavista.
Eis a lista completa, por ordem numérica
Bento (Benfica)
João Pinto (Porto)
Venâncio (Sporting)
Frederico (Boavista)
Morato (Sporting)
Inácio (Porto)
Veloso (Benfica)
André (Porto)
Sousa (Sporting)
Jaime Pacheco (Sporting)
Carlos Manuel (Benfica)
Futre (Porto)
Gomes (Porto)
Diamantino (Benfica)
Jordão (Sporting)
Damas (Sporting)