Great Scott #293: Único jogador vencedor das três competições da UEFA por três clubes?
Vialli
Nascido e criado em Cremona, filho de gente riquíssima e dono de uma mansão de perder de vista, Gianluca Vialli é, desde cedo, um cidadão tranquilo e, mais tarde, um jogador atípico. O seu currículo fala por si, com conquistas em todos os clubes por onde passou, seja a nível nacional como internacional. E é aqui que se dá o golpe de autoridade. O nunca visto, jamais repetido. Que génio. E figura. É Vialli no seu esplendor.
O currículo começa a ganhar projecção europeia com a final da Taça das Taças 1990 entre Sampdoria e Anderlecht, em Gotemburgo. O nulo mantém-se teimosamente durante os 90 minutos. No prolongamento, Vialli saca dois golos seguidos. Um aos 105’ e outro aos 107’. Acaba 2:0, a Sampdoria ganha o primeiro troféu internacional.
Na sua passagem pela Juventus, o 9 junta a Taça UEFA 1993 à Liga dos Campeões 1996. Em ambos os casos, Vialli levanta o troféu em Itália. Primeiro em Turim (vs Dortmund), depois em Roma (vs Ajax). É sempre titular e nunca marca. Na Taça UEFA, faz dupla de ataque com Roberto Baggio, apoiados por Möller. Na Liga dos Campeões, faz-se acompanhar por Ravanelli e Del Piero. Em Turim, é actor secundário. Em Roma, é o capitão.
Sampdoria, Juventus. Falta um terceiro clube. Qual, qual, qual? Chelsea. É o charme da Taça das Taças, em 1998 numa final vs Estugarda em Estocolmo (de novo a Suécia, oito anos depois). Neste caso, Vialli até sobe um degrau e é jogador-treinador. O capitão, esse, é Wise. O nome diz tudo. Ou não. Adiante, Vialli joga os 90 minutos e faz a substituição mais gloriosa de sempre. Saca o norueguês Flo e introduz o compatriota Zola aos 71’. Nove segundos depois, Zola desata o nó do 0:0. É o golo solitário, o golo do nunca visto, jamais repetido. Génio e figura, Gianluca Vialli.