Köpke. ‘Se vamos a penáltis, o guarda-redes é quem tem menos pressão’
Football is coming home. O slogan do Euro-96 não engana, estamos em Inglaterra. O país está em festa, sobretudo depois do inapelável 4:1 vs Holanda na última jornada da fase de grupos. Nas meias-finais, o anfitrião sai de cena. Por culpa da Alemanha, no desempate por penáltis. Em pleno Wembley. O herói é Andreas Köpke, guarda-redes que defende o remate de Southgate.
Como se lida com a pressão numa sequência de penáltis?
É muita pressão, é quase insano. Jogámos 90 minutos, depois mais 30 e ainda temos os penáltis. É muito. Mas, verdade seja dita, o guarda-redes tira vantagem, porque a pressão está do lado do batedor. Sempre.
Nesse desempate com a Inglaterra, lembra-se do remate de Southgate?
É um momento histórico, mas não festejei. Defendi e esperei pelo nosso golo [o 6:5 de Möller]. Só então é que há libertação de adrenalina, alegria, alívio, tudo junto.
Na final, já não conseguiu defender o penálti de Berger.
Ele atirou para o meio da baliza. Assim é mais difícil…
Como se lida agora com o desempate de penáltis?
É muito diferente do meu tempo. Agora, a Universidade de Colónia faculta-nos os dados de todos os penáltis de todos os potenciais adversários de um Europeu e de um Mundial. A vida é ainda mais fácil para os guarda-redes [risos].
in jornal i, Jun 2012