Great Scott #344: Único a marcar aos três grandes portugueses na UEFA?
Thomas Müller
É irritante, o rapaz. Tem cara de puto parvo, a atitude em campo confirma-o em absoluto. Nunca dá uma bola por perdida, é estilo carraça, sempre a morder o calcanhar do próximo sem dó nem piedade. Quando marca um golo, jasus, faz caretas, cerra os dentes e festeja sem medos no meio dos adversários. Seja como for, é craque. Daí os 10 golos em Mundiais, cinco em 2010, outros cinco em 2014, três dos quais vs Portugal, em Salvador, na primeira jornada da fase de grupos.
Portugal é a sua praia, diga-se de passagem. Contas feitas e chega-se à conclusão que é o único a marcar aos três grandes na UEFA, sempre na segunda mão. A estreia é em Munique, vs Sporting. Estamos a 10 Março 2009, joga-se a segunda mão dos oitavos da Liga dos Campeões. O zero-cinco no José Alvalade é bastante explícito, o Bayern é tesoura, o Sporting papel. No Allianz, já há 4:1 ao intervalo. O resultado mantém-se até aos 72’, por altura da entrada de Müller para o lugar de Schweinsteiger. A partir daí, o Bayern acelera e marcar mais três, o último é de Müller, com o pé esquerdo, à boca da baliza, sem Patrício no lance, batido ao primeiro poste na sequência de um canto.
Passam-se uns anos, já estamos a 15 Abril 2015, na segunda mão dos ¼ da Liga dos Campeões. O Porto ganhara o primeiro jogo, 3:1 no Dragão. A expectativa é imensa. E o Bayern dá conta do recado por números mais que expressivos, 6:1. Já há 3:0 à meia-hora, por Thiago (13’), Boateng (21’) e Lewandowski (26’). Aos 35 minutos, o 4:0 por Müller. Mais uma recuperação de bola no meio-campo portista. Um dois três toques, toma lá ò Müller. Ainda longe do golo, o alemão remata rasteiro e a bola embate nas pernas de Indi. Na baliza, Fabiano cai para um lado e a bola passa-lhe por entre as pernas.
Sporting, Porto, só lhe falta o Benfica. A ele, Müller, e a Messi. Quem é o primeiro, quem é? Müüüüller, claro. Em Munique, 1:0. Na Luz, segunda mão dos ¼ da Liga dos Campeões, o Benfica agiganta-se e empata a eliminatória por Raúl Jiménez, de cabeça, em antecipação a Neuer. Antes do intervalo, 1:1 de Vidal com o pé esquerdo, fora da área. No reinício, canto de Xabi para a molhada. No segundo poste, cabeceamento de Javi Martínez para a pequena área e entrada fulgurante de Müller. O Benfica ainda empataria 2:2 por Talisca, de livre directo. Passa o Bayern, e Müller com distinção máxima.
