Great Scott #470: Último a marcar na casa dos três grandes na mesma época?

Great Scott Mais 02/04/2022
Tovar FC

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Great Scott #470: Último a marcar na casa dos três grandes na mesma época?

Hassan

Campeão árabe pelo Wydad Casablanca em 1989 (com um golo na final vs Al Hilal), o jovem avançado Hassan aventura-se na Europa e faz escala nas Ilhas Baleares antes de assentar arraiais no Algarve. Joga duas épocas na Liga espanhola pelo Maiorca e chega a uma final da Taça do Rei, perdida para o Atlético Madrid de Futre, em 1991.

No Farense desde 1992, Hassan apura o faro de goleador e assina duas proezas inauditas: o de marcar um golo no Mundial-94 (vs Holanda) e o de sagrar melhor marcador da 1.ª divisão em 1995, com 21 golos, numa época em que o Farense dá o inédito salto para a Taça UEFA, via 5.º lugar. A façanha garante-lhe a transferência para o Benfica, onde nunca se impõe durante os dois anos de contrato, primeiro treinado por Artur Jorge, depois Mário Wilson, mais tarde Paulo Autuori e, finalmente, Manuel José.

O regresso ao Farense em 1997 é um mimo. Que o digam os três grandes, todos eles a sofrer golos de Hassan na própria casa. A primeira vítima é precisamente o Benfica, em Outubro, jornada 7. A Luz vibra com o 1:0 de Sánchez e o 2:0 de Nuno Gomes antes de Hassan enganar Preud’homme. Começa aí a epopeia fantástica. É do romeno Panduru o 3:1 final, de penálti.

Ainda nesse ano 1997, em Dezembro, o Farense visita as Antas e perder por 5:2. Jardel assina um hat-trick na segunda parte. Antes, na primeira, Fernando Mendes e Zahovic indicam o caminho da goleada. Hassan intromete-se com os momentâneos 2:1 e 4:2 (penálti) à baliza de Rui Correia.

Vira-se o ano, já estamos em Janeiro, dia 25. O Farense desloca-se a Lisboa e entra no José Alvalade na esperança de pontuar. Oceano abre o marcador, de penálti. Ramos empata numa gloriosa jogada de contra-ataque com túnel de Bráulio e remate com o pé esquerdo, sem hipótese para De Wilde. Antes do intervalo, Beto devolve a vantagem ao Sporting, de cabeça, sem tirar os pés do chão, após canto de Lang. Nessa mesma baliza, aos 74’, Hassan ganha uma bola solta e despede um remate com o pé direito ainda fora da área. De Wilde estica-se, em vão. É o empate, obra do marroquino capaz de marcar em todos os campos dos grandes. Incrível.

Mais incrível ainda se tivermos em conta que o Farense perde o jogo ao cair do pano num tiki-taka entre os suplentes César Ramírez e Paulo Alves na cara de Marco Aurélio.

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