Great Scott #482: Único guarda-redes a ganhar finais da Taça de Portugal em três estádios?
Botelho
Guarda-redes do Benfica nos escalões de formação, Botelho sobe a sénior e vê-se na situação de emprestado, primeiro Leões de Santarém (1965-66), depois Atlético (1966/70), onde acumula duas descidas à 2.ª divisão e uma subida à 1.ª.
Em 1970, assina pelo Sporting e é o suplente de Damas até 1974, altura em que se transfere para o Boavista de Pedroto com o claro objectivo de jogar. Pois bem, Botelho no Bessa é sinónimo de titularidade e até chega à selecção nacional, então treinada por Pedroto (ya, o homem acumula funções). Ao todo, duas internacionalizações, uma em 1975 vs Chipre no Bonfim, outra em 1976 vs Itália em Turim.
Em três anos à Boavista, o nosso Botelho levanta duas Taças de Portugal em anos seguidos, vs Benfica em 1975 e vs Vitória SC em 1976, ambos 2:1. A primeira no José Alvalade, a segunda nas Antas – tempos pós-revolução em que o Estádio Nacional mandado erigir por Salazar é malvisto pela política nacional.
O Jamor só volta a ser o palco da final da Taça em 1979, ano em que Pedroto marca presença como treinador do Porto. Do outro lado, o Sporting. Com Botelho à baliza. É verdade, o homem aproveita a saída de Damas para o Racing Santander e assume-se finalmente como número um, seja na 1.ª divisão, seja na Taça.
O resultado da finalíssima é outro 2:1, o terceiro de Botelho, sempre em campos diferentes. Jamais visto, nunca mais repetido.