Great Scott #501: Único guarda-redes português a defender penálti de Matthäus?

Great Scott Mais 03/21/2022
Tovar FC

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Great Scott #501: Único guarda-redes português a defender penálti de Matthäus?

Vítor Baía

Verão, tempo de pré-época, experiências. Enquanto o campeão português Benfica sai de Roterdão sem qualquer vitória (1:1 vs Fluminense, 4:2 vs Feyenoord), o Porto também falha nesse capítulo em Viareggio. Só que a equipa de Artur Jorge, ao contrário da de Sven-Göran Eriksson, sai com um sorriso de Itália pela conquista do quandrangular.

É verdade, o Porto empata os dois jogos a zero e ganha os dois no desempate por penáltis, vs Inter e Fiorentina. No primeiro, a 11 Agosto 1989, a figura é Vítor Baía pelas duas defesas sensacionais a remates de Klinsmann (chapéu, 22’) e Mandorlini (cabeça, 39’). Perto do fim (84’), e já com dez elementos desde os 65’ por expulsão de Kiki, o Porto assusta Zenga com uma espectacular bola à trave por Jaime Magalhães. Zero-zero, penáltis.

A sequência vitoriosa é Nascimento, Mandorlini, Rui Águas, Brehme, Pingo, Berti, Domingos, Baresi e Demol. O décimo e último penálti é para Matthäus, o remate é forte e seco. Baía adivinha-lhe o lado e defende com galhardia.

Dois dias depois, a aguardada final no Estádio Comunale del Pini e, mais uma vez, Baía a sair-se como herói nos penáltis. A ordem é Battistini (1:0), Nascimento (paradinha e defesa de Landucci), Kubik (2:0), Rui Águas (2:1), Sereni (por alto), Pingo (2:2), Pioli (defesa de Baía) e Domingos (2:3). Avança Baggio, Roberto Baggio. O seu remate acerta em cheio no poste e o Porto festeja o título sem necessidade de fazer o último remate.

Em abono da verdade, é a conquista do Torneio Viareggio pelo segundo ano seguido. Em 1988, ainda na era Quinito, o Porto despacha o Celtic por 2:1 com golos de Madjer (52’), Burns (54’) e Gomes (82’). Na final, o Malines, então detentor da Taça das Taças, só cai no prolongamento. Cortesia Jaime Magalhães (95’), com Preud’homme na baliza.

No mesmo dia, a imprensa portuguesa faz eco das declarações de um atónito Tacconi sobre o reforço Rui Barros. ‘Já me afeiçoei àquele diabinho. Nos treinos, faz-me enlouquecer, ziguezagueando continuamente pelo campo, é uma truta, pequenino e aparentemente frágil, mas ai de quem toque nele.’

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