Great Scott #626: Primeiro juiz português a levar uma bronca de Serena Williams?
Mariana Alves
Serena Williams vs Jennifer Capriati, 1/4 final do US Open-2004. Às tantas, está 40- 40, Serena serve sem hipótese de resposta para Capriati. A juíza-de-linha diz dentro, Mariana Alves do alto da sua cadeira diz “vantagem Capriati”. Serena discute então com a árbitra portuguesa. “Não, não, não, não. Esse ponto é meu! O que é que estás para aí a dizer? Excuse me? Essa bola foi tão dentro!”
Nesse momento Serena atira uma bola para o campo e aponta com a raqueta que é dentro. “A bola aterrou aqui. Esta bola não é fora. Estás a brincar comigo? Estou a tentar dizer-te isto: a bola é dentro. Preciso de falar outra língua para nos entendermos?”
A este monólogo, Mariana Alves apenas diz “calm down”. Serena desconcentra-se e perde o fio à meada. Capriati apura-se para a 1/2 final. À imprensa, Serena desfaz Mariana Alves. “Ficou temporariamente louca.” A verdade é que Serena tem razão, porque as repetições da televisão indicam que a bola é dentro. A organização do US Open suspende a árbitra portuguesa e pede desculpas a Serena, prontamente aceites e seguidas de um aviso: “Não quero que ela apite mais nenhum jogo meu.”
Dois detalhes: o jogo serve como como incentivo para a implementação do sistema eletrônico de desafio, usado hoje no circuito e conhecido como hawk-eye; Mariana Alves volta a apitar Serena, no US Open, e numa final (vs Azarenka 2013).
