Great Scott #661: Quem marca o golo decisivo na mais longa série de penáltis em Portugal?

Great Scott Mais 11/07/2022
Tovar FC

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Great Scott #661: Quem marca o golo decisivo na mais longa série de penáltis em Portugal?

Cesteiro

Durante uns bons (cinco) anos, Cesteiro é o único jogador em campo com chuteiras pretas, à antiga. O homem é guarda-redes e vejo-o ao vivo e a cores a ser o herói de um desempate de penáltis entre Cerveira e Atlético dos Arcos (de Valdevez), para os ¼ final da Taça da AF Viana de Castelo. Estamos em 2016 e Cesteiro daria o salto para o Ponte da Barca na época seguinte.

Seis anos passam e Cesteiro continua com as chuteiras pretas, agora ao serviço do Courense, ali em Paredes de Coura. No domingo, 5 Junho 2022, o destino junta Courense e Ponte da Barca em Valença, no Estádio Lourenço Raymundo, para a final da Taça AF Viana do Castelo.

O jogo começa às 17 horas e acaba três horas e 40 minutos depois, às 20-e-façam as contas. Há 90 minutos de bola mais 30 de prolongamento. Acredite, o desempate de penáltis dura mais que o tempo extra. Ao todo, 36 minutos e 34 segundos. Pelo meio, uma série de incidências.

A mais flagrante de todas, 40 remates (o recorde mundial numa final é 48, na Namíbia, em 2005). Depois, 22 golos seguidos (é obra), uma expulsão (Diogo Gachineiro assina o 3:3, provoca a segunda série de desempate e vê o vermelho directo de André Carvalho por provocar os adeptos da Barca nos festejos) e a intervenção da polícia para afastar o ruído dos tais adeptos da Barca atrás da baliza do desempate, com particular queixa de Cesteiro.

Cesteiro, sempre ele. O homem defende um penálti e assina o definitivo 17:16. Com toda a calma do mundo, é bola para um lado (esquerdo), guarda-redes para o outro (direito). E assim o Courense levanta a Taça da AF Viana do Castelo, exactos 30 anos depois da primeira conquista, em 1992, também em Valença. E o vilão, quem é? Wilson Alves, de 20 anos, é o único a falhar dois pontapés, ambos por cima, e é o último a errar o alvo antes do tal momento glorioso de Cesteiro, o das chuteiras pretas.

Eis o desempate, tintim por tintim

(começa o Ponte da Barca)

Ricardo Coutinho, 1:0 (pé direito)

Ângelo, 1:1 (pé esquerdo)

Ivo Amorim, 2:1 (esquerdo)

Sérgio Nogueira, defesa de Fernando Oliveira (direito)

Nia, 3:1 (direito)

Zé Francisco, 3:2 (direito)

Sassá, por cima (direito)

Sissé, defesa de Fernando Oliveira (direito)

Tigas, ao poste (direito)

Diogo Gachineiro, 3:3 (direito) [e vermelho directo, expulsão]

[segunda série]

Wilson Alves, por cima (direito)

Huguinho, defesa de Fernando Oliveira (direito)

Leandro Sousa, 4:3 (direito)

Neto, 4:4 (esquerdo)

Franck, defesa de Cesteiro (direito)

Serginho, panenka por cima (direito)

Fernando Oliveira, 5:4 (direito)

Esteves, 5:5 (direito)

Bruno Dias, 6:5 (esquerdo)

Caseiro, 6:6 (direito)

João Marcelo, 7:6 (direito)

Cesteiro, 7:7 (direito)

Ricardo Coutinho, 8:7 (direito)

Ângelo, 8:8 (esquerdo)

Ivo Amorim, 9:8 (esquerdo)

Sérgio Nogueira, 9:9 (direito)

Nia, 10:9 (esquerdo)

Zé Francisco, 10:10 (direito)

Sassá, 11:10 (direito)

Sissé, 11:11 (direito)

Fernando Oliveira, 12:11 (direito)

Esteves, 12:12 (direito)

João Marcelo, 13:12 (direito)

Neto, 13:13 (esquerdo)

Bruno Dias, 14:13 (esquerdo)

Huguinho, 14:14 (direito)

Tigas, 15:14 (direito)

Serginho, 15:15 (direito)

Wilson Alves, por cima (direito)

Cesteiro, 15:16 (direito)

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