Great Scott #662: Único golo com a mão na Supertaça portuguesa?

Paille

Campeão europeu sub18 e sub23, com Cantona e Galtier (esse, o actual treinador do Paris SG), a vida internacional de Stéphane Paille continua nos AA e até inclui um golo, vs Checoslováquia, em 1988.

Dois anos depois, Paille sai do Bordéus e assina pelo FC Porto, onde entra de caras no onze. A estreia é na Reboleira, para a Supertaça portuguesa 1990, com Jorge Couto a acompanhá-lo no ataque. O Estrela surpreende e ganha 2:1. Passa uma semana e Paille volta a ser titular para a segunda mão, nas Antas, agora mais bem acompanhado: Madjer na direita, Kostadinov na esquerda.

Aos oito minutos, Branco tira Rui Neves do caminho e cruza para o segundo poste, onde aparece Paille a encostar para o golo, com a mão. Quatro meses depois da mão de Vata no Benfica vs. Marselha, eis Paille a fabricar outro lance parecido, e outro 1:0.

Os estrelistas até vêem estrelas. Abel Campos vê amarelo de Veiga Trigo, por protestos. Nas jogadas seguintes, Veiga Trigo puxa do cartão para Paulo Bento (11’), Baroti (13’) e Duílio (13’). E, aos 20’, expulsa Abel Campos por acumulação. Sempre por protestos. Uma arbitragem à FIFA, lê-se n’A Bola.

Contra dez, o FC Porto estende o seu domínio na parte final do jogo com mais dois golos, um de Semedo (recarga a defesa incompleta de Melo a um livre de Geraldão) e outro de Jorge Couto (a cruzamento da esquerda de Jaime Magalhães).

Artur Jorge continua a puxar Paille para a titularidade até àquela expulsão em Bucareste, vs. Dínamo, para os 32 avos da Taça UEFA. A partir daí, Paille sai de cena e Domingos ganha uma oportunidade – a de fazer dupla com Kostadinov, começa aqui outra história, de agá maiúsculo.