Great Scott #674: Único suplente a marcar na ½ e na final?
Völler
Goleador por excelência desde o final dos anos 70, Rudi Völler só consegue conquistar o primeiro título em 1990 e é o de campeão mundial, cuja final se realiza no Estádio Olímpico, onde joga de 15 em 15 dias pela Roma.
A sua capacidade extraordinária para enganar tudo e todos começa a dar sinais de si em 1981-82, no TSV Munique, com um total de 39 golos (em 39 jogos), 37 dos quais na 2.ª divisão. É o melhor marcador e, acto contínuo, transfere-se para o Werder Bremen, onde continua de pontaria afinada, ao ponto de se sagrar melhor marcador da 1.ª divisão (23 golos em 31 jogos).
É chamado à selecção alemã e impõe-se com naturalidade. Joga o Euro-84 e marca dois golos vs. Roménia. Na qualificação para o Mundial-86, é seu o momentâneo 2:0 vs. Portugal, na Luz. Quando chega ao México, o seleccionador Franz Beckenbauer mete-o a titular, ao lado de Allofs. Marca um golo, vs. Escócia.
Nos oitavos, vs. Marrocos, sai ao intervalo e a sua vaga no onze é ocupada por Allofs, que, entretanto, fora ultrapassado pelo capitão KH Rummenigge. Nos ¼, vs. México, nada de Völler. Nem no banco. Nas ½, vs. França, já sim. Entra aos 57’, por Rummenigge. E assina o definitivo 2:0 numa jogada ao cair do pano, completamente isolado e a fazer um chapéu a Joel Bats antes de empurrar a bola para a baliza deserta.
Para a final, Beckenbauer mantém a aposta na dupla Rummenigge-Allofs. No banco, Völler assiste ao 1:0 de Brown. Entra ao intervalo por Allofs e assiste ao 2:0 de Valdano. Aos 74’, Rummenigge reduz. Aos 81’, Völler empata, de cabeça. Que sonho, que suplente.
O problema é Maradona. O homem liberta-se da marcação de Matthäus e desmarca Burruchaga pela direita. Na cara de Schumacher e pressionado pelo central Briegel, o 7 argentino chuta para a glória. A da Argentina, nunca mais repetida. A de Völler, idem idem aspas aspas: nunca mais um suplente marca na ½ e na final. Craque.