Great Scott #752: Única tenista a ganhar os quatro Grand Slam e ainda o ouro olímpico no mesmo ano?

Steffi Graf

É uma beleza, a Steffi. Vejam lá esta maravilha de ano em 1988.

O início da aventura é em Janeiro, na Austrália, com Graf a ganhar todos os seis jogos até à final sem perder um único set. Na decisão, mais do mesmo com 6:1 e 7:6 vs. Chris Evert, vencedora da ½ final vs. Martina Navratilova, finalista nas 11 anteriores finais de Grand Slam.

Junho é mês de Roland Garros e Graf conquista o troféu sem espinhas. Isto é, sem perder um único set, tão-só 20 jogos perdidos e seis sets 6:0, dois dos quais vs. Natalia Zvereva (URSS), na final mais curta de sempre da história do Grand Slam (34 minutos, menos dois se descontarmos o período de chuva).

Passa-se um mês e eis Graf em Wimbledon. A rainha, sempre ela. Seis jogos seguidos sem perder um set. Na final, a norte-americana Martina Navratilova surpreende com 7:5 no primeiro set. Graf arrebita e toma lá 6:2, 6:1.

Já só falta o US Open. Ya, é em Setembro. Pela primeira vez desde 1973, nem uma norte-americana na final. Ya, é Graf vs. Sabatini. Que beleza a dobrar, chi-ça. Para chegar aí, Graf perde zero sets (again). Na decisão, 6:3, 3:6 e 6:1. É a primeira mulher a ganhar todos os quatro Grand Slam no mesmo ano, após Margaret Court em 1970.

Para chegar ao Olimpo, basta-lhe ganhar o ouro olímpico em Outubro, na Coreia do Sul. É a primeira edição dos Jogos Olímpicos desde 1928 em que o ténis é modalidade oficial, e não experimental como em 1968 e 1984 (curiosamente, Graf ganha esse evento). Pois é, seja oficioso ou oficial, Graf leva sempre a sua avante.

Em Seul, no dia 1 Outubro, o hino alemão é escutado com redobrada atenção. Afinal de contas, Graf acabara de completar um ciclo inédito. Até hoje. Para dar mais élan, a finalista é a argentina Sabatini (derrotada sem apelo nem agravo por duplo 6:3). É uma beleza, a Steffi.