Great Scott #790: Único treinador português a perder uma final da Taça das Taças da Ásia?
Carlos Queiroz
Bicampeão mundial. A conversa é iniciada sempre da mesma forma. Bicampeão mundial sub20 em 1989 e 1991. Nem mais, Carlos Queiroz. O homem salta para a selecção AA, segue-se o Sporting e só depois a aventura lá fora, como emigrante de luxo.
O primeiro trabalho é nos EUA, ao serviço dos MetroStars, em Maio 1996. Cinco meses depois, e já eliminado da MLS pelos Washington DC United, ei-lo no outro lado do mundo (Nagoya Grampus Eight, Japão).
O início é tremido, só uma vitória em cinco jogos. Segue-se uma alegria, a qualificação para a final da Supertaça do Japão vs. Shimizu S-Pulse (0:0 no tempo regulamentar, 3:1 nos penáltis). Na decisão, 1:0 vs. Kashima Antlers. A vida vai direita, jamais se entorta.
Ou não. O Nagoya festeja o título e, 24 horas depois, já está a viajar para a Arábia Saudita, onde discute o play-off final da Taça das Taças da Ásia. A ½ final vs. Ulsan Hyundai (Coreia do Sul) é um autêntico passeio, com 2:0 ao intervalo e 5:0 no fim.
Daí a dois dias a 26 Novembro 1996, o Nagoya joga a final vs. Al Hilal (Arábia Saudita) no Estádio Rei Fahd, o mesmo da gloriosa final do Mundial sub20 em 1989. Desta vez, Queiroz sai vencido. O Al Hilal apresenta-se em grande forma e ganha avanço antes do intervalo, por Al Jaber. No recomeço, Nakanishi empata aos 57’.
O número 10 Dragan Stojkovic, artista da bola com escola jugoslava, indica o caminho da glória, só que esbarra num poste. Acto contínuo, Al Thunayan desata o nó a favor dos anfitriões (76’) e o 3:1 final é obra do marroquino Bassir (82’). Queiroz ainda faz o ano seguinte no Japão antes de arrepiar em 1998 para o mundo das selecções, a dos Emiratos Árabes Unidos.
