Great Scott #820: Quem marca o melhor golo de sempre no século XX em finais de Taça de Inglaterra em Wembley?
Ricky Villa
O palco está montado, é dia de Tottenham vs. Manchester City. Estamos a 9 Maio 1981 e, claro, Wembley está cheio como um ovo. Qualquer coisa como 100 mil pessoas, é a 100.ª edição da final da Taça de Inglaterra.
A figura da tarde é um escocês chamado Tommy Hutchison, autor de um bis. Ele, o número 10, marca na baliza certa aos 30 minutos e, depois, faz autogolo aos 79’. No prolongamento, still 1:1. É preciso um replay, novamente em Wembley, novamente com Keith Hackett no apito.
O desempate é cinco dias mais tarde, ‘só’ com 92 mil espectadores. Os 22 em campo são exactamente os mesmos, só há uma diferença. Ricky Villa troca de número com o capitão Steve Perryman. O argentino passa de 6 para 5 e é ele quem abre o marcador aos oito minutos, em recarga com o pé esquerdo no limite da pequena área a uma defesa incompleta de Joe Corrigan.
E é ele o primeiro estrangeiro a marcar na final da Taça de Inglaterra. Que bela maneira de celebrar a 100.ª edição, chi-ça. Por estrangeiro, entenda-se, um jogador fora das ilhas. O segundo a inscrever o seu nome é o holandês Mühren, num outro replay, agora em 1983, entre Brighton e Manchester United.
Adiante, a bola vai ao meio e ainda vai correr muita tinta. No quadradinho seguinte, aos 11’, MacKenzie empata. E, já na segunda parte, aos 50’, Reeves dá vantagem ao Manchester City, de penálti. O 2:2 é obra de Crooks, aos 70’. Passam só oito minutos e Villa fixa o resultado a favor do Tottenham com uma jogada individual bem vistosa. O homem apanha a bola na imediação da área, contorna um dois três quatro adversários ligeiramente descaído para a esquerda, desvia-se para a direita e, à saída do guarda-redes, toca para a baliza.
É um grande golo, icónico por ser de quem é. Muitos anos depois, mais precisamente em 2001, abre-se uma sondagem da federação inglesa sobre o melhor golo do século XX em finais da Taça de Inglaterra. O vencedor é o 3:2 de Ricky Villa em 1981.
