Great Scott #921: Quem marca o primeiro golo do Farense na 1.ª divisão?

Correia

O Farense é a terceira equipa algarvia na história da 1.ª divisão, na ressaca de Olhanense (1942) e Lusitano Vila Real de Santo António (1947).

A subida à 1.ª em 1970 é devidamente festejada com um empate a zero em Olhão. A estreia, então, nem se fala. Calha-lhe o FC Porto, no pelado do São Luís. O onze de Manuel Oliveira contempla oito reforços entre Barroca (Sporting), Asis (Belenenses), Bastos (Sporting), Caneira (Sanjoanense), Ferreira Pinto (Sanjoanense), Dani (Sporting), Correia (Luso) e Ernesto (Sporting). Só três pertencem à época passada: Atraca (capitão), Sitoe e Testas.

No outro lado, o FC Porto de António Teixeira alinha com seis reforços, um dos quais do Benfica (Abel) e outro do Sporting (Armando Manhiça). Antes do apito inicial do árbitro Maximino Afonso, os dirigentes do Farense entram em campo para oferecer prendas dentro de um espectáculo muito colorido, cheio de balões lançados por graciosas jovens. Há até o sorteio de uma máquina de lavar a roupa.

O estádio, melhorado em relação à época anterior e quase-quase lotado, vibra com o jogo. Até porque o Farense rompe os prognósticos e ganha por 1:0. O golo é aos 23 minutos, todo ele obra de Carlos Correia desde a direita. O médio recebe colado à linha, inicia uma corrida frenética antes de flectir para dentro e atirar com a parte de dentro do pé esquerdo para a baliza à guarda-redes de Armando (ex-Braga).

É o primeiro golo de sempre do Farense na 1.ª divisão. Muitos se seguem. E, espante-se, o Farense acaba invicto e só com um golo sofrido a primeira volta em casa – o 1:0 também é receita para Belenenses, Tirsense, Benfica e Leixões.