Great Scott #983: Quem marca o penálti decisivo da final da Taça dos Campeões 1991?

Great Scott Mais 03/01/2024
Tovar FC

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Great Scott #983: Quem marca o penálti decisivo da final da Taça dos Campeões 1991?

Pancev

Feche os olhos e desfrute da 1.ª divisão jugoslava 1990-91: Boksic no Hajduk Split, Vorkapic no Vojvodina Novi Sad, Kodro no Velez Mostar, Mijatovic no Partizan, Suker no Gradanski,  laovic no Osijek e Brnovic no Buducnost.

A vida é bela, não é? É, sim senhor, e ainda falta o Estrela Vermelha. Imagine isto, Dragan Stojkovic assina pelo Marselha. O número 10 é craque da cabeça aos pés e autor dos dois golos da Jugoslávia vs. Espanha nos oitavos do Mundial-90. A emigração para França dá que falar, e agora?

Agora? Essa é boa. Antes de mais, o Estrela Vermelha contrata um treinador. É ele Ljunpko Petrovic, já campeão jugoslavo em 1989 pelo Vojvodina. O homem só faz uma época em Belgrado e sai-lhe a sorte grande com a conquista do campeonato jugoslavo, a quatro jornadas do fim, e o título inédito de campeão europeu. Inédito para ele, Petrovic. Inédito para o clube, Estrela Vermelha. Inédito para o país, Jugoslávia.

Só lhe falta a Taça da Jugoslávia, perdida na final vs. Hajduk Split com um golo de Boksic aos 66 minutos, no campo do Partizan. Aliás, Boksic seria eleito o homem desse jogo. E é também a cara de desespero / espanto com duas perdidas verdadeiramente inacreditáveis dos seus companheiros de ataque, já com 1:0 no marcador. Ou seja, nessa tarde, o Estrela poderia ser aviado por dois ou três sem problema. E, no entanto, é rei e senhor do futebol jugoslavo e europeu.

O campeonato é um passeio, da primeira à última jornada. Há uma série de recordes batidos, como os das 17 vitórias em 18 jogos seguidos e os 34 golos de Pancev, vencedor da Bota de Ouro da Europa. A seu cargo, Darko acumula sete bis e três hat-tricks. Um quebra-cabeças sem igual. Na Taça, assina seis golos em sete jogos. Na Taça dos Campeões, cinco em nove. Ao todo, 45 em 48. É obra.

Como se isso fosse pouco, é ele o homem decisivo na final da Taça dos Campeões, vs. Marselha (com Stojkovic), em Bari. O jogo é enfadonho, ao contrário dos outros compromissos europeus do Estrela vs. Grasshoppers, Rangers, Dínamo Dresden e Bayern – o bom do Pancev deixa a sua marca em todos os adversários. Menos vs. Marselha, 0:0 após prolongamento.

Sim, senhor: menos Marselha. Acontece que o desempate de penáltis é favorável ao Estrela desde o segundo remate, por erro de Amoros. A série continua por aí fora e, chega-se ao nono pontapé, com Pancev no tudo ou nada.

O avançado jugoslavo, mais tarde cobiçado e até negociado por Sousa Cintra para o Sporting antes de assinar pelo Inter, parte para a bola e engana Olmeta. Fixa-se o 5:3, o Estrela é campeão europeu. Pancev elevado a Deus, uma vez mais. Numa equipa com Jugovic, Belodedici, Mihajlovic, Savicevic e Prosinecki.

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