Great Scott #1027: Único italiano a marcar golos em todas as três finais em Wembley?
Di Matteo
É um caso especial, o de Roberto di Matteo. Nasce suíço e faz-se italiano. Nasce (para o futebol) na 2.ª divisão e chega à selecção italiana, com direito a jogar Euro-96 e Mundial-98. Campeão suíço no Aarau em 1993, primeiro título ao fim de 79 anos, é contratado pela Lazio de Zoff. A sua integração é aos poucos. De repente, taaaaaaau, titular indiscutível no lugar do inglês Gascoigne.
A tal participação no Euro-96 aumenta o interesse dos clubes além-fronteiras e o Chelsea contrata-o por cinco milhões de libras. Em Londres, o futebol de Di Matteo é apreciado, very nice indeed. O homem responde com golos fundamentais em momentos decisivos. Falamos de finais, oh yeah. E sempre em Wembley.
A primeira amostra é 1997, no dia 17 Maio, final da Taça de Inglaterra vs. Middlesbrough. Ainda o relógio não dobra o primeiro minuto e Di Matteo já está a festejar. O seu remate a mais de 30 metros ao 42.º segundo transforma Wembley num vulcão em erupção de chamas azuis. É um dia histórico para o futebol, é a primeira Taça de Inglaterra, já centenária, conquistada por um treinador estrangeiro (Ruud Gullit).
Passa-se um ano, só um ano. Wembley, again. Middlesbrough, again. Agora é a final da Taça da Liga, no dia 29 Março. Ao intervalo, 0:0. No fim dos 90 minutos, 0:0. No prolongamento, 1:0 de Sinclair aos 95 minutos. E 2:0 de Di Matteo aos 107’. No banco, o treinador (e compatriota) Luca Vialli festeja sem parar.
Vialli, ainda e sempre. É ele o treinador do Chelsea na final da Taça de Inglaterra 2000, vs Aston Villa, no dia 20 Maio. Again, Wembley – ainda o velho Wembley. O jogo está nil-nil e, de repente, Di Matteo aproveita um erro de David ‘Calamity’ James para garantir o quarto troféu do Chelsea em três anos – o outro é a Taça das Taças 1998, cortesia Zola.
Três golos em três finais, Di Matteo é o homem dos grandes momentos. Já no século XXI, o homem continua aí para as curvas. É nomeado adjunto de André Villas-Boas em Agosto 2011 e passa a treinador principal em Março 2012. O seu sucesso é imediato, com duas conquistas até final da época: Taça de Inglaterra (vs. Liverpool, no novo Wembley) e Liga dos Campeões (vs. Bayern, em Munique).