Great Scott #1042: Último hat-trick de um lateral-esquerdo na 1.ª divisão?
Rossato
A ligação entre Portugal e Brasil é um mundo de aventuras sem fim. Muitos brasileiros até se naturalizam e alguns chegam à selecção principal, como Lúcio e Deco. Escolhemos estes dois pela categoria infinita em lances de bola parada, um é do Sporting nos anos 60, outro é do FC Porto no século XXI.
Há mais exemplos, claro. De brasileiros na selecção portuguesa, como Celso, Pepe e Liedson. E há também mais exemplos de brasileiros a marcar livres e penáltis como ninguém. A primeira referência de todas é Heitor, por obra e graça dos seus pontapés do meio da rua – cantos, incluídos.
E há Rossato. O lateral-esquerdo é um fenómeno na arte de atacar a baliza contrária, a avaliar pelos 17 golos em duas épocas pelo Nacional, de onde sai para o FC Porto de Del Neri, depois Fernández, finalmente Couceiro. Sem espaço no então campeão europeu, Rossato vai pregar para outra freguesia. Que é como quem diz: Real Sociedad. No segundo jogo, toma lá um golo de livre directo vs. Sevilha.
É a sua especialidade, livres directos. No dia 25 Abril 2004, o Nacional dá 3:0 ao Beira-Mar e Rossato marca todos os três golos. Os dois primeiros de livre directo, o outro de bola corrida. O primeiro livre é em força, a 30 metros da baliza à guarda de Debenest, o segundo é em jeito, junto à área. Nos descontos, aos 90’+2, Rossato aproveita um erro de Saul de cabeça e atira, forte, claro, para a baliza.
É o último hat-trick de um lateral-esquerdo na 1.ª divisão. Salve Rossato.