Great Scott #1056: Único a marcar três golos de canto directo numa época?
Morais
João Pedro Morais, o Morais do cantinho, o cantinho do Morais, é um jogador especial. Por uma série de razões. É titular do Sporting, ponto. É internacional português, ponto (outro). É latera-direito a vida toda e, de repente, em 1962-63, é o melhor marcador do Sporting com 24 golos, ponto (mais um).
O rapaz acumula dois hat-tricks e três bis em 1962-63. Na época seguinte, faz parte da grandiosa campanha na Taça das Taças, culminada com uma vitória na finalíssima, vs. MTK Budapeste. O único golo dessa jornada pertence a Morais, de canto directo. Pé direito na bola e arco bem definido até ao segundo poste. O Sporting ganha fama e proveito.
Lance de puro génio, o golo olímpico. Ou obra do acaso? Génio, sempre génio. Morais faz mais dois do género nessa mesma época 1963-64. A aventura começa em Novembro, no José Alvalade. O Sporting perde 1:0 ao intervalo, obra do leixonense Esteves. Aos 61 minutos, canto para o Sporting no lado direito. Morais puxa do pé esquerdo, Figueiredo perturba a acção do guarda-redes Rosas e a bola entra directamente na baliza. Só dá Sporting daí em diante e acaba 5:1.
No mês seguinte, dia 22 Dezembro, o Sporting visita Coimbra para esgrimir argumentos com a Académica. A parte do esgrimir argumentos é nula, porque o Sporting dá três-secos antes do intervalo. Em cima do minuto 45, canto na esquerda e Morais atira em arco com o pé direito. Américo colabora na jogada e toma lá disto.
Em Maio, o bom do Morais faz a festa novamente através de um canto directo. Três golos, um em casa, outro fora e mais um em campo neutro (Antuérpia).