Damn, Portugal 0:10 Inglaterra
E, de repente, o descalabro. Moralizada pelas vitórias sobre Espanha e Irlanda, a selecção joga o quinto particular do ano, frente à Inglaterra, que até vem de uma derrota inesperada com a Suíça, em Zurique (1:0), no domingo anterior. O Jamor enche-se como nunca. O objectivo é ver os mestres ingleses. E, de facto, é (só) isso que vêem.
A Inglaterra inflige a pior derrota de sempre a Portugal, com 1:0 aos 17 segundos, 3:0 aos 15 minutos, 5:0 ao intervalo e 10:0 no fim. Antes da meia-hora, o seleccionador Tavares da Silva faz as duas substituições permitidas, daí que os guarda-redes Azevedo e Capela dividam o cabaz de golos (4:6) numa tarde inglória. Para os nossos, claro. Para eles, ingleses, é um fartote.
Que o digam Lawton e Mortensen, quatro golos cada. Os outros dois pertencem a Finney e Matthews – que seria o primeiro Bola de Ouro da France Football da história, em 1956.
Para a história, o onze português: Azevedo (Sp); Cardoso (Sp) (cap) e Francisco Ferreira (Bf); Amaro (Bel), Feliciano (Bel) e Moreira (Bf); Jesus Correia (Sp), Araújo (FCP), Peyroteo (Sp), Travaços (Sp) e Rogério (Bf)
Daí para a frente (e é bom realçar que este é o primeiro duelo de sempre entre as selecções), há mais 22 jogos. Portugal ganha três, Inglaterra nove. Pelo meio, 10 empates. Em matéria de golos, 25:46. Se afunilarmos a rivalidade para as fases finais, aí Portugal é superior com uma vitória (3:2 no Euro-2000) e dois apuramentos (penáltis Euro-2004, penáltis Mundial-2006). A Inglaterra só tem uma vitória, a mais importante de todas por significar um lugar na final do Mundial-66