Great Scott #85: Qual é a primeira equipa portuguesa a ganhar o Teresa Herrera?

Great Scott Mais 08/03/2020
Tovar FC

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Great Scott #85: Qual é a primeira equipa portuguesa a ganhar o Teresa Herrera?

Sporting

Criado no pós-guerra, em 1946, o famoso torneio de Verão na Galiza é uma lufada de ar fresco no meio de tantos particulares sem história por aí além. No início, escolhem-se duas equipas. A moda do quadrangular só começa nos anos 70. O Porto é a primeira equipa portuguesa a entrar, em 1948 (Barcelona 2-1), o Sporting é a segunda, em 1961. O adversário é o francês Stade Reims, vice-campeão europeu em 1956 e 1959. A 29 Junho, a final discute-se palmo a palmo com o Sporting de Otto Glória a ser mais feliz com os golos de Lúcio (o primeiro luso-brasileiro na selecção nacional), Hugo e Seminário (o primeiro peruano no campeonato português), todos na primeira parte. A equipa história reúne Carvalho; Mário Lino, Ferreira Pinto, Morato, Lúcio, Hilário, Hugo, Fernando, Diego, Faustino e Seminário. É o princípio de uma aventura cheia de sucesso, culminada com o título de campeão nacional na primeira época a sério de Eusébio no Benfica.

Outros campeões portugueses do famoso torneio de Verão

1968, Vitória FC

A edição de 1968 é única e exclusivamente para equipas estrangeiras. O Deportivo convida uma de Portugal e outra da Áustria. Encontram-se no Riazor a 6 Julho, no mesmo dia em que o Barcelona dá 4-1 ao Belenenses em Camp Nou. No lado oposto de Espanha, o Vitória FC é felicíssimo. Aos cinco minutos, Arcanjo recebe de Figueiredo e faz o 1-0. Lindmann empata aos 33’ e é Guerreiro a dar o troféu ao Vitória numa jogada em que se isola e dribla o guarda-redes Fuchsbicher (40’). É a estreia do júnior Vítor Baptista, com 18 anos de idade, metido entre os graúdos Vital, Conceição, Caldoso, Herculano, Carriço, Tomé, Guerreiro, José Maria, Figueiredo e Arcanjo. Os heróis da Corunha e não só – em 1968-69, o Vitória acaba a 1.ª divisão em 4.º lugar e chega os ¼ da Taça das Cidades com Feira.

1987, Benfica

Conquistado o título de campeão nacional numa época em que apanha 7-1 em Alvalade, o Benfica apresenta-se no Teresa Herrera sem Carlos Manuel, Shéu e Pacheco. É o início da era Ebbe Skovdahl, um treinador dinamarquês sem credenciais nem gratas recordações da Luz, consumado o despedimento em Dezembro. Na meia-final com o Everton, empate sem golos e decisão nos penáltis (5-4), com Silvino a defender o remate de Power. Na final, dia 9 Agosto, o Benfica joga vs Deportivo, então na 2.ª divisão, com Bento; Veloso, Mozer, Edmundo, Dito e Álvaro; Chiquinho, Nunes e Elzo; Rui Águas e Diamantino. Os galegos marcam primeiro, por Aspiazu (27’), o Benfica reage por Rui Águas (76’), numa altura que já joga com menos dois, face às expulsões de Vando e Diamantino. Nos penáltis, Bento defende três remates e marca o seu: 5-3.

1991, FC Porto

O FC Porto entra em acção com o Real Madrid, no dia 15 Agosto. A expectativa é muita, porque o Madrid acaba de contratar Prosinecki para juntar ao trio Hagi, Butragueño e Luis Enrique, só que a equipa de Carlos Alberto Silva é mais forte ainda, graças aos golos búlgaros de Mihtasrki (37’) e Kostadinov (46’). Acaba 2-1 (Prosinecki 56’) Na outra meia-final, o Deportivo ganha 1-0 ao Ajax e garante a final, no dia seguinte. O Riazor concentra então 20 mil pessoas para seguir a par e passo a discussão do troféu – isto depois do 2-0 entre Ajax e Real Madrid. Em campo, Baía; João Pinto, Aloísio, Couto, Zé Carlos e Vlk; Jaime Magalhaes, Timofte e Kiki; Kostadinov e Mitharski. É Aloísio quem desbloqueia o nulo, aos 92’. Treze anos depois, as duas equipas voltam a cruzar-se, agora na ½ final da Liga dos Campeões, e só Vítor Baía mais Fran repetem a presença.

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