Totobola – 3 Maio 1992
Oito-um. O Torreense goleia o Estoril e dá um passo firme rumo à permanência na 1.ª divisão. Acredite ou não, duas jornadas depois, o Torreense de Manuel Cajuda desce à 2.ª. Seja como for, o 8-1 é o resultado mais gordo dessa época, na qual o Porto de Carlos Alberto Silva sela o título de campeão nacional
FC PORTO-BOAVISTA 1
Já campeão nacional há uma jornada, o dérbi é um mero pró-forma. Resolvido com golos estrangeiros de Timofte (romeno) e Zé Carlos (brasileiro), ambos na primeira parte. Para a festa ser completa, Carlos Alberto Silva dá quatro minutos de jogo ao guarda-redes suplente Valente, substituto do inimitável Vítor Baía
BENFICA-U. MADEIRA 1
Muda aos três, acaba aos seis. Tarde de golos na Luz, no único ano em que o treinador sueco Eriksson não se sagra campeão nacional (de resto, ganha três). Rui Águas dá início ao festim, Isaías fixa o marcador. Pelo meio, Paulo Sousa, Isaías (again) e bis de Magnusson. O União, mais desunido que nunca, é cada vez mais último classificado
TORREENSE-ESTORIL 1
Se o comboio do golo passa no Manuel Marques, é prendado com golos e mais golos. Nove, ao todo, 8:1 ao Estoril de Fernando Santos. Que chega a fazer o 1:1, por Sánchez. Ao intervalo, 5:1, cortesia Bené, Jorge Mota, Dragolov, Flóris e Fua. Na segunda parte, Dragolov completa o hat-trick e Meireles também assina o ponto. Pormenor escabroso: este Torreense de Manuel Cajuda ainda vai descer à 2.ª.
MARÍTIMO-SPORTING 1
Com o adjunto António Dominguez, o Sporting ainda sonha chegar ao segundo lugar, à frente do Benfica. Um golo de Edmilson a Ivkovic vira pesadelo, confirmado com o duplo amarelo de Peixe aos 89 minutos
P. FERREIRA-VITÓRIA SC X
Separados por dez pontos, as duas equipas só acordam para o golo nos últimos dez minutos. Primeiro é Ziad, o tunisino maravilha (expulso nos festejos com duplo amarelo). Depois é Jussiê, autor do 1:1 definitivo para gáudio das gentes de Paços, treinadas por Vítor Oliveira e capitaneadas por Jaime Pacheco
CHAVES-GIL VICENTE X
José Romão e António Oliveira, dois futuros seleccionadores da FPF, esgrimem argumentos em Chaves. A divisão de pontos (aqui sim, aceita-se o termo) é alicerçado pelos golos de Capucho, após trabalho de Mangonga, e Rudi, a concluir jogada de Karoglan
FAMALICÃO-SALGUEIROS 1
Mais treinadores lendários, agora Prof Neca e Zoran Filipovic. Iriam trabalhar juntos no Benfica, agora é cada um por si. Sai-se melhor Prof Neca, graças a um bis do argelino Menad em seis minutos, como resposta ao 0:1 de Draskovic. Nessa tarde, o Famalicão joga com Ben Hur, Tanta e Lula. M-e-d-o.
BRAGA-PENAFIEL 2
Abel Campos, figura do benfiquismo de outros tempos, é a figura. Em apenas 11 minutos, como suplente utilizado, vê dois amarelos e o respectivo vermelho. Com dez elementos desde os 70’, o Braga perde ritmo e é derrubado por um golo de Reinaldo aos 88’. Antes, 0:1 de Marcão e 1:1 de Chiquinho Carlos (outra figura do benfiquismo de outros tempos)
BEIRA-MAR-FARENSE 1
Vítor Urbano, que mister. Fala-se dele e cola-se-lhe a imagem do Beira-Mar. É combustão espontânea. Em Aveiro, o Farense de Paco Fortes passa mal e sofre com o golo de Serrinha à passagem da meia-hora. Vale a pena enunciar os nomes dos dois internacionais A no onze do Beira-Mar (o central Oliveira e o médio Sousa)
OLHANENSE-BELENENSES X
Último vs primeiro. É 2 certo no Totobola, certo? Puro engano. O Olhanense de Ricardo Formosinho dá luta e marca primeiro, por Augusto, aos 35 minutos. O Belenenses de Abel Braga nem acusa por aí além o golpe e empata no minuto seguinte, com um penálti de Curcic. Acaba assim
FEIRENSE-ESPINHO 2
De ouvidos em Olhão, o Espinho goleia na Vila da Feira e arrebata o primeiro lugar ao Belenenses. É um jogo sem história, de sentido único, com golos de Ado, Ivan, Ivan e Zezé Gomes. A obra de Quinito recomenda-se vivamente
U. LEIRIA-TIRSENSE 2
Veja-se bem a qualidade do Tirsense de Rodolfo Reis. Na baliza, o brasileiro Acácio, campeão brasileiro pelo Vasco da Gama em 1989 e suplente não utilizado no Mundial-90. No ataque, Paulo Alves, campeão mundial sub-20 em 1989. Um não sofre golos, o outro assina o 0:2. Antes, 0:1 de Dreiffus
AVES-ACADÉMICA 1
A Académica parte para a Vila das Aves com o intuito de ganhar sim ou sim para manter intacto o sonho da subida. Em vão. Um bis de Rui Neves arruma o assunto em três tempos. Ainda por cima, o 2:1 final é de penálti, tão-só dois minutos depois do empate do academista Armando.