Allison e Jordão, ouchhhhhh

Ponto prévio: quando se fala no sueco Sven-Göran Eriksson como revolucionário na mentalidade dos jogadores, porque liberta-os dos estágios na época 1982-83, temos de recuar um ano para aplaudir essa decisão avant-garde ao inglês Malcolm Allison no Sporting. Coincidência ou não, o leão é meeesmo o rei da selva: campeão nacional e vencedor inequívoco da Taça de Portugal (4:0 ao Braga).

Na semana em que se sagra campeão, a três jornadas do fim (3:0 na Amoreira), Allison dá uma entrevista top ao jornal A Bola em que fala abertamente de tudo. Do sistema dos todos por um, um por todos no que diz respeito à troca de papéis entre defesas e avançados, da falta de tudo em Portugal desde a escola para jogadores até à de treinadores (esquece-se da dos dirigentes, vá) e da excelência da arbitragem. Pelo meio, o problema Jordão.

Na semana prévia ao clássico vs Porto, um treino do Sporting é abalado pela ausência de Jordão. O homem chega atrasado, com problemas pessoais. Allison nem quer saber e dispensa-o. No seu lugar, joga Mário Jorge. Na hora da verdade, é de Mário Jorge o decisivo 1:0. O Sporting sagra-se campeão de inverno e nunca mais larga o primeiro lugar. Jordão, esse, volta ao onze na jornada seguinte e até marca no Restelo.