Great Scott #275: Único português a estrear-se na selecção durante o Mundial?

Rúben Amorim 2010

Queiroz, take 2. Após a qualificação falhada para o Mundial-94, à conta da improvável Suíça e da futura vice campeã Itália, a federação portuguesa nomeia Carlos Queiroz como substituto de Luiz Felipe Scolari para a fase de apuramento do Mundial-2010.

O grupo contempla Dinamarca, Suécia, Hungria, Albânia e Malta. Só o primeiro se apura directamente para a África do Sul. O segundo tem de ir a um play-off. Portugal comete a gafe de perder em casa vs Dinamarca (assina Deco o 2:1 aos 86’, acaba 2:3) e acumular três 0:0 seguidos, vs Suécia (fora), Albânia (casa) e Suécia (casa).

Arrebitamos na Albânia com um golo de cabeça de Bruno Alves aos 90’+2 e é preciso naturalizar Liedson para empatar na Dinamarca antes de agarrar o segundo lugar na última jornada (4:0 vs Malta em Guimarães). No play-off, duplo 1:0 vs Bósnia, cortesia Bruno Alves (Luz) e Raul Meireles (Zenica, um batatal aprovado pela FIFA).

O sorteio da fase final do Mundial coloca-nos num grupo com malta da CONMEBOL (Brasil), CAF (Costa do Marfim) e AFC (Coreia do Norte). Queiroz dá a lista dos convocados e reserva seis elementos, just in case. Pois bem, é precisoc chamar um desses seis.

Em 1986, é Bandeirinha chamado à última hora para o lugar de Veloso. Em 2002, é Hugo Viana na vez de Kenedy. Em 2010, Nani lesiona-se na clavícula e está fora. O substituto é Rúben Amorim. Campeão português pelo Benfica de Jesus, o médio acumula prestígio durante essa época 2009-10 com exibições interessantes e golos importantes, como aquele vs FC Porto na final da Taça da Liga (3:0). Pormenor: acumula cerca de zero internacionalizações AA. É um estreante, por assim dizer E agora? Nada, Queiroz lança-o a meio do jogo de abertura, vs Costa do Marfim (0:0), como substituto de Raúl Meireles aos 86 minutos. E está bom. É o suficiente. Pela primeira vez (e única, até agora), um jogador estreia-se pela selecção durante o Mundial. Com o número 17 de Morais (1966), Diamantino (1986), Paulo Bento (2002) e Ronaldo (2006).